O tempo passa muito rápido. Quase na velocidade de um carro de Fórmula 1 e, na política, até parece ser mais veloz. Para alguns, parece que as eleições de 2020 foram ontem. Para outros, está demorando uma eternidade para que se chegue o novo pleito.
Em 2020, o atual prefeito de Mossoró surpreendeu e ganhou o direito de sentar na cadeira principal do Palácio da Resistência, sede do governo municipal, comandando os destinos da segunda maior cidade do Estado.
Estamos vivenciando dois anos e quatro meses de gestão Allyson Bezerra (Solidariedade). Com mais de  50% de um mandato que durará quatro anos. Nas eleições municipais passadas, Allyson conseguiu se eleger com 47,52% dos votos dos mossoroenses.
Em 2023, o prefeito, já no exercício do terceiro ano de sua gestão, se depara com um cenário de alerta. O percentual de votos que ele teria hoje, conforme pesquisa realizada por ele e por empresários aqui da cidade, está abaixo do conquistado na disputa anterior.
Em 2020, a soma de todos os adversários de Alysson naquela ocasião ultrapassa a sua quantidade de votos que ele teria hoje.
A ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP) obteve 42,96% dos votos, ou 59.034 sufrágios. Isolda Dantas, do PT, obteve 8.051 votos (5,86% do total). Cláudia amealhou 4.046 votos (2,94%). Já o professor Ronaldo (PSOL) obteve 611 votos (0,44%), enquanto que a Irmã Ceição (PSC) obteve com 378 votos (0,28%).
No Terceiro ano de gestão, Allyson convive com uma oposição que tem feito poucas críticas e sem uma estratégia que possa está provocando um estrago mais acentuado, mas conta com bons quadros que podem surpreender.
Nas pesquisas para consumo interno a que o Boca da Noite teve acesso, o cenário é muito preocupante para o prefeito Allyson Bezerra. Principalmente porque sua avaliação positiva começa a cair quando seu mandato se aproxima para ofim. E mais: no caminhar da chegada das próximas eleições.
Em 2020, a soma dos seus adversários chegou a 52% dos votos válidos. Nos dias atuais, o prefeito vê sua popularidade caindo por conta de atritos e decisões equivocadas da gestão, além do crescimento político da base adversária.
Autossuficiente, Allyson acreditou que todas as suas decisões estavam certas, ignorando até mesmo conselhos de políticos de sua base aliada. A imagem do prefeito saiu muito arranhada do episódio da greve dos professores. Além de insistir numa narrativa de que paga acima do piso (contestada por grande parte da população), Allyson ficou ainda mais malvisto quando decidiu recorrer à Justiça para que o movimento acabasse. Colocou no chão o próprio discurso de que administra com base no diálogo.
Para piorar, enquanto dizia que não havia dinheiro para pagar o reajuste do piso docente anunciava com pompa e circunstâncias atrações de cachês milionários para o Mossoró Cidade Junina.
Allyson também sofre o desgaste das críticas por problemas na malha viária municipal, por equívocos na gestão da saúde (enquanto a cidade clama por um tomógrafo, a prefeitura tem um guardado há 8 meses). Também contribui para sua queda de popularidade, embates com servidores da Guarda Municipal e da Saúde. E o fato de não ter dado reajuste salarial aos servidores gerais e ter sonegado o piso docente.
Ainda sobre as sondagens internas, o Boca da Noite conversou com um empresário da cidade que vem realizando pesquisas a cada três meses. No mais recente levantamento, feito na última semana de abriu, se constatou que a soma dos adversários de Alysson Bezerra, como Isolda, Rosalba e Cabo Tony chega a 55% dos votos da cidade. Um número que já dá dor de cabeça no gestor.
Nesse cenário, se consolida a ideia de que se tiver uma união de forças da oposição e um cenário polarizado em duas candidaturas teremos uma eleição muito acirrada em Mossoró.
A deputada Isolda Dantas tem tido um crescimento que chama muito atenção de quem vem fazendo a leitura das pesquisas. Nos últimos três levantamentos, não foi aferido em nenhum dos cenários o nome doa atual presidente da Câmara, Lawrence Amorim (Solidariedade).
O vereador, no entanto, tem fé de que poderá estar no páreo. O projeto de construção do Santuário de Santa Luzia, acredita ele, lhe dará um bom argumento para buscar o voto do eleitor da terra da santa padroeira da visão. Quem viver verá.

 

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