* Márcio Alexandre

 

Equilíbrio entre corpo e mente. Essa é uma das grandes buscas que fazemos. E tem um monte de guru vendendo dicas pra vencermos essa corrida. Correr talvez seja a forma mais objetiva de entender isso. Foi correndo que me chegou essa inspiração.
O corpo, aprendi na prática, é a razão da mente. É ele quem dita o limite, quem estabelece a meta, quem mede as distâncias.
Você mentaliza uma tarefa, imagina um desafio e desafia o corpo a cumpri-lo.
Posta em prática a tarefa, começa-se a superação, que é vencer os primeiros momentos e movimentos iniciais do que se está fazendo. O corpo a mil pra fazer, a mente processando pra entender.
À medida que o corpo vai avançando na aventura a mente vai começando a acompanhar com a velocidade em dobro.

Começa, então, a necessidade de se buscar o tal equilíbrio. Porque à medida que a atividade vai ficando mais prazerosa para a emoção, vai ficando delicada para a razão. E a razão vai dando sinais.
A razão é o cansaço, o esgotamento físico, o exaurimento corporal. O corpo vai dizendo que está na hora de parar e não dá para parar pra pensar nisso, mas é necessário dar vazão à razão.

O equilíbrio é ouvir quem reclama sem gritar. Quem pede sem fazer pressão. Quem diz no silêncio que não dá mais. Quem alerta sem fazer alarde.

Nunca foi tão necessário entender e respeitar os limites do corpo. O corpo é o equilíbrio da mente. É bom ouvi-lo. E isso  não é conversa de guru.

 

* Professor e jornalista

 

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