O presidente do diretório do Partido Socialista Cristão (PSC) em Mossoró, vereador Lamarque Oliveira, divulgou nota de esclarecimento sobre as acusações que pesam contra ele na Justiça Eleitoral. Lamarque é acusado de ter feito uso de “candidaturas laranjas” nas eleições passadas para preencher a cota mínima de candidaturas femininas exigida pelo Código Eleitoral.

O vereador afirmou que a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) está errada e criticou quem divulga o fato. “Esse tipo de divulgação revela uma perseguição misógina”, afirma o vereador em um dos trechos da nota.

O vereador diz ainda que sofreu tentativa de extorsão praticada “pelos réus da ação”. Frisa também que as acusações de que as candidaturas femininas do PSC são irregulares são “caluniosas”. Lamarque, no entanto, não se reportou ao fato de o Ministério Público Eleitoral ter considerado as denúncias procedentes e ter opinado pela cassação de toda a chapa do PSC.

 

Veja abaixo a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO-PSC

O PSC – Partido Social Cristão, vem esclarecer a população, para que não pairem dúvidas, que está sendo alvo de um processo eleitoral inadequado (AIJE), procedimento que, para a nossa surpresa, vem recebendo grande exposição midiática, o que está causando constrangimentos de toda ordem as nossas filiadas que foram candidatas.

Esse tipo de divulgação revela uma perseguição misógina, que é o sentimento de aversão, repulsa e desprezo pelas mulheres ou valores femininos em todos os aspectos da vida, inclusive na política.

Ora, um homem pode ser mal votado e não se levanta sobre a sua candidatura nenhuma suspeita de ser fraudulenta ou laranja, porém uma mulher, para os autores da ação, não pode ter poucos votos pois se assim o for representa fraude. Se isso não for misoginia, o que será?

Nossas dignas mulheres mais que comprovaram sua participação no pleito, através de todas as plataformas e usando todos os meios lícitos de captação de votos, entretanto estão sendo acusadas de forma injusta, com meras suposições, não havendo nenhuma prova no processo de que as suas candidaturas efetivamente foram fraudulentas.

As próprias filiadas afirmam que suas candidaturas foram legítimas. Ou seja, se as próprias mulheres confirmam que efetivamente fizeram campanha quem poderá dizer o contrário?

A verdade é que isso não é bom para democracia e desmotiva as mulheres de participarem do processo democrático, uma vez que, como tem sido tratado no processo, o fato de ter tido votos insuficientes colocaria em dúvida a legitimidade da participação feminina no pleito.

As mulheres que foram candidatas pelo partido e são citadas no processo estão se sentindo totalmente constrangidas com este fato.

Acrescenta-se, ademais, que os réus da ação, que estranhamente se voltaram contra as ex-candidatas, tentaram “extorquir” o presidente do partido com pedido de cargos e/ou empregos públicos, e por não obterem êxito, fizeram, no fim do processo, juntamente com o denunciante (está nos autos do processo) depoimentos, de má fé, e de forma caluniosa, onde sequer comprovam o que alegam.

Nós acreditamos na justiça, como também no processo democrático, onde o povo é quem escolhe seus representantes.

Jamais podemos dar o recado as mulheres que querem participar do processo democrático eleitoral que só podem ser candidatas se tirarem muitos votos!

 

Lamarque Oliveira

Presidente do PSC Mossoró.

 

Nosso e-mail: redacaobocadanoite@gmail.com

 

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