* Márcio Alexandre

 

A caminhada-protesto de Mossoró, ontem, descia pela avenida Augusto Severo calma, mas enérgica. Serena, mas altiva. Tranquila, mas incomodando. Incomodando os acomodados. Os ricos. Os tolos. Os insensíveis. Os desarrazoados. Os sem noção.

À altura do Mercado Central, dobrou à esquerda. Próximo ao Largo Monsenhor Huberto Bruenning, foi desafiada. A perder o rumo. A noção. A tranquilidade. O tino. A razão.

Um homem, branco, de alta estatura (física, apenas, registre-se), avançou contra os manifestantes. Tentou arrancar bandeiras, cartazes, panfletos. Tentou mais que isso: macular o movimento. Desmerecer o ato. Desqualificar a causa. Tentou agredir, mas não teve sucesso. Xingou, mas não teve plateia. Um bobo em busca de holofotes. Um tolo em busca de notoriedade.

Ex-militar, não se sabe as razões porque deixou a corporação. A falta de equilíbrio, porém denuncia que nunca deveria ter entrado nela. O gesto tresloucado de ontem talvez aponte para os motivos da  saída.

Bestial, não falava, vociferava. Insano, irrompia contra os manifestantes. Tentava ser estrela selvagem num palco em que a sensibilidade denunciava canalhas, como o que ele queria defender ofendendo.

É um desses que se coloca acima do bem e do mal provocando males. Acima de qualquer suspeita, cometendo crimes. O típico indivíduo que não respeita nada ou ninguém, e que a trupe de bandidos que saqueia o país chama de “cidadão de bem”. Tenha posses ou não. Títulos ou não. Influências ou não, sobre ele paira uma certeza: é mais um tolo que a imbecilidade palaciana empoderou.

 

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One thought on “Quando a imbecilidade empodera idiotas

  1. Mostre o rosto desse idiota. E não acionaram a polícia. Infelizmente não pude ir à manifestação, pois estava de plantão. Mas se tivesse ido e presenciado tal desatino, teria prendido esse bandido.

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