* Márcio Alexandre
O Ano Novo não existe, o que existe é o dia seguinte, costumava escrever o jornalista e professor Canindé Queiroz. De fato, se repetirmos, em ideias e ações, no ano que se inicia, tudo o que fizemos no ano que findou, nada de novo ele terá.
Não é só retórica. Não é só discurso. Não é só mensagem. É verdade. Se não fizermos diferente tudo o que for possível, nada será novidade.
Em 2022:
Só lamente as perdas humanas, se deu verdadeira importância às pessoas quando elas estavam vivas;
Só reclame da fome se não tiver dificuldade em falar em igualdade social;
Só se lamurie com injustiças se tiver ajudado a combatê-las;
Só denuncie desonestidade se também tiver sido honesto; do contrário comece por você;
Só diga que a pandemia foi ruim se contribuiu para minimizá-la;
Só revele saudade se fizer esforço para rever quem ama;
Só demonstre insatisfação com falta de amor se amar indistintamente;
Apenas reclame dos atos, gestos, ideias e atitudes dos outros se agir para o bem, fizer gestos de bondade, pensar no próximo e verdadeiramente quiser que tudo melhore para todos. Indiscriminadamente.
* Professor e jornalista
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