* Ugmar Nogueira
O deputado Federal Rafael Mota (PSB/RN) vem tentando desequilibrar o ambiente político construído com habilidade e muito dialogo pela governadora Fátima Bezerra (PT).
O parlamentar está perto de completar oito anos em Brasília e apenas será mais um na fileira daqueles que pouco fizeram para o nosso Estado. Rafael é, inegavelmente, um deputado de poucas proposições e projetos e hoje tem dificuldade de atingir uma nota que pelo menos fique na média.
Nos últimos dias, o jovem deputado tem se colocado na disputa para o Senado. Sua grande proposta, até agora, é uma não-proposta. Rafael tem resumido sua bandeira apenas à cantilena de que o povo do Rio Grande do Norte não quer votar nos dois nomes já colocados, quais sejam, os de Rogério Marinho (PL) e Carlos Eduardo (PDT).
O deputado está há seis anos no PSB, sendo quatro deles como deputado federal, dirige um bom fundo partidário, além de ser presidente da sigla em solo potiguar. Nada disso foi suficiente para ele montar uma nominata para a Câmara Federal e para Assembleia Legislativa do RN, provando ai a total falta de habilidade política e compromisso partidário.
O deputado agora não pode ser isento das suas falhas e a falta de tino político, e nem pode também querer delegar à governadora essa responsabilidade de uma acomodação política. Rafael precisa entender que ele hoje é uma pássaro no ninho. Sem forças para voar.
Os ruídos de Rafael Mota vão se perdendo no meio do mundo, no sol e na poeira, lembrando um pouco o personagem Chicó, interpretado pelo ator Matheus Nachtergale no filme “O Auto da Compadecida”. Ao lado de João Grilo, Chicó sempre que a situação ficava ruim para si, repetia a mesma ladainha: “não sei, só sei que foi assim!”.
O deputado tem que fazer a leitura do jogo ou se esforçar para entender a saga de tentar entender o que não precisa ser entendido. Para um bom entendedor, pouca coisa basta.
* Radialista e apresentador do Jornal Boca da Noite (98 FM Cidadania)