Suspeita de corrupção na gestão Allyson poderá ser investigada pela Polícia Federal

Prefeito se recusa a falar sobre as graves denúncias, ao mesmo tempo em que aposta no silenciamento de parte da imprensa que recebe verba do município

por Ugmar Nogueira
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Seguem os desdobramentos das investigações sobre suspeita de corrupção na gestão Allyson Bezerra (UB), prefeito de Mossoró. De acordo com o jornalista Túlio Lemos, editor do Diário do RN, o caso já saiu da Comarca de Mossoró e está com o Ministério Público Estadual.
Ele lembra que quando a investigação aponta indícios de que o próprio gestor está envolvido, ela vai para a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ). Nesse caso, o processo – que tramita em segredo de Justiça – está sob responsabilidade do desembargador João Batista Rebouças, na condição de relator.
Ao mesmo tempo em que o solicitou que o caso fosse autorizado pela Justiça, passando-o para a PGJ, o MP também o encaminhou o processo ao Tribunal Regional Federal (TRF). Nesse caso, se a Justiça Federal e a União demonstrarem interesse, a investigação poderá ser conduzida pela Polícia Federal (PG). Esse interesse advém do fato de que parte das obras realizadas, e que estão sob investigação, teriam sido bancadas com recursos federais.
As investigações tiveram início a partir de denúncia de fato na qual se apontou que o próprio prefeito Allyson Bezerra (UB) teria cobrado propina para pagar obras realizadas por empresas em Mossoró.
As denúncias contra Allyson Bezerra vieram à tona após áudios terem sido divulgados pelo Blog do Barreto nos quais o empresário Francisco Erinaldo revela ter sido chamado para realizar obras sem ter ganho licitação e ter sido obrigado a abrir mão de parte do valor cobrado pelos serviços para poder receber pelo que fez. A propina, de acordo com a denúncia chegada ao MP, variava entre 4% a 26% do total empenhado para ser pago.
CENSURA – O prefeito Allyson Bezerra tem adotado o silêncio sobre as denúncias, apesar de sua gravidade. Tem apostado no silenciamento de parte da imprensa que tem sido beneficiada com verba de publicidade, além de recorrer à Justiça para tentar censurar quem segue noticiado o escândalo.
O jornalista Túlio Lemos, por exemplo, foi retaliado pela gestão municipal. Logo ao repercutir o caso, o Palácio da Resistência mandou retirar a publicidade que a prefeitura de Mossoró mantinha no jornal editado por Lemos.

 

Veja abaixo as revelações de Túlio Lemos sobre as investigações

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