A empresa Clarear, uma das muitas empresas que prestam serviços terceirizados à prefeitura de Mossoró, está promovendo verdadeiro massacre com seus funcionários.
Além de atrasar salários e o valeu-alimentação (que está entrando no terceiro mês de atraso) a Clarear também não está fazendo o depósito do valor do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
O cenário é tão desolador que até o plano de saúde dos trabalhadores está suspenso por falta de pagamento.
Consultamos a gestão municipal, por meio de sua assessoria de imprensa, se a prefeitura está com algum repasse à empresa atrasado. Questionamos também se será aplicada alguma sanção a Clarear pelo desrespeito aos direitos dos trabalhadores. Não obtivemos retorno.
São centenas de pais de famílias prejudicados pelo descaso da Clarear e a omissão da gestão municipal. Não está descartada uma paralisação para os próximos dias caso a situação não seja resolvida.
Atrasos
Com contrato de mais de 118 milhões com gestão Allyson,Vale Norte massacra contratados com atrasos
A Vale Norte, que realiza serviços de limpeza urbana em Mossoró, tem contrato de exatos R$ 118.048.389,30 (cento e dezoito milhões quarenta e oito mil trezentos e oitenta e nove reais e trinta centavos). O contrato milionário, iniciado em agosto do ano passado e com prazo de 30 meses, está em plena vigência, e apesar da montanha de dinheiro que vem recebendo da gestão Allyson Bezerra (UB) vem massacrando como pode os seus contratados.
Denúncias recebidas pelo Boca da Noite dão conta que faz 5 meses que a empresa não paga aos donos de veículos e máquinas alugados a ela. São dezenas de pais de família sofrendo por conta dos atrasos nos pagamentos. Muitos vivendo apenas do que recebem por terem alugado seu veículo ou sua máquina à Vale Norte.
Nós ligamos para a Vale Norte, mas nossas ligações não foram atendidas.
Perguntamos à secretaria municipal de Comunicação se os repasses da prefeitura à Vale Norte estão atrasados. Ainda não obtivemos retorno.
A arrecadação de Mossoró segue em alta. O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) chegou aos cofres do município ontem com quase 10% de aumento. O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) teve aumento estratosférico e até a taxa paga pelos donos de boxe do Mercado Público Central aumentou cerca de 50%. Os recursos da Saúde cresceram mais de 100%. Mesmo assim, a gestão Allyson Bezerra (União Brasil) inicia 2024 em crise financeira.
Alguns fatos apontam nesse sentido. Primeiro o não repasse de dinheiro às empresas terceirizadas que prestam serviços à prefeitura.
A gestão Allyson Bezerra também está demitindo cerca de 100 funcionários celetistas e não quer pagar as verbas trabalhistas indenizatórias.
Agora, também por falta de pagamento aos prestadores de serviço, a gestão Allyson Bezerra suspendeu, mais uma vez, a realização de cirurgias de hérnia e vesícula.
Apesar do orçamento bilionário em suas mãos,o prefeito Allyson Bezerra inicia 2024 com dificuldade para pagar os compromissos. Não se sabe se é falta de habilidade para gerir a coisa pública ou gastos desnecessários. Um mistério que precisa ser esclarecido.

Por Ugmar Nogueira
Os salários dos servidores públicos municipais de Mossoró vão atrasar. Há dias que o assunto vem sendo discutido em um núcleo restrito da gestão municipal. E não é por queda na arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Aliás, o FPM de Mossoró cresceu mais de R$ 3,5 milhões, entre janeiro e a segunda parcela de agosto. Nesse período, já caíram nos cofres da prefeitura de Mossoró R$ 105.644.430,26 (cento e cinco milhões, seiscentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e trinta reais e vinte e seis centavos). Repito: mais de R$ 3,5 milhões acima do que a prefeitura recebeu no mesmo período do ano passado. E em percentuais superiores à inflação do período.
O atraso no pagamento dos salários, portanto, não será por queda na arrecadação. Aliás, impressiona que de janeiro a junho, quando o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) queria que a Câmara autorizasse um empréstimo de cerca de R$ 600 milhões, a saúde financeira da prefeitura era, nas palavras de Allyson, a melhor do mundo. De repente, em pouco mais de um mês, tudo virou tragédia.
Importante lembrar que nesse meio tempo, a prefeitura realizou o milionário Mossoró Cidade Junina, no qual deve ter sido gasto algo próximo de R$ 50 milhões de reais, e os não menos custosos Mossoró Sal e Luz e Festa do Bode.
Mesmo quando a prefeitura tinha boa situação financeira – ou a gestão Allyson dizia que tinha – já se comentava o atraso no pagamento dos salários. Por isso, nos últimos dias, Allyson tem se esforçado em vender a narrativa de que a prefeitura está em dificuldades financeiras. Como é do seu feitio: botando a culpa nos outros.
O FPM, como já se sabe, não caiu. Mas para manter o discurso, Allyson mandou fechar as escolas hoje “em protesto contra uma queda de recursos” que não aconteceu.
Allyson também culpa a dívida do Estado com a prefeitura de Mossoró. A governadora Fátima Bezerra se reuniu com os prefeitos, e acertou um parcelamento do débito – inclusive já pagou a primeira parcela. Mesmo assim, o prefeito de Mossoró, além de se recusar a participar da reunião, segue insistindo na tecla de que o governo não está pagando. Pior: sequer confessa que a prefeitura de Mossoró deve mais de R$ 100 milhões ao Governo do Estado.
Então, para manter o discurso de vitimização, para manter a narrativa política de que Estado e Governo Federal prejudicam sua gestão, Allyson já vendeu a justificativa para o atraso de salários. Some-se a isso o fato de que o prefeito busca uma forma de se vingar do servidor efetivo.
Numa só tacada, ele mata dois coelhos. E ainda acha que sairá bem na foto, porque toda a sua gestão tem se especializado em manipular dados e fatos, negar informações à imprensa e à Câmara Municipal, e a atacar adversários nas redes sociais.
Por tudo isso, e com isso, infelizmente, a prefeitura de Mossoró vai atrasar os salários. Provavelmente já a partir da folha de setembro. Principalmente porque Mossoró já sabe que quando a gestão Allyson vai fazer uma maldade, ela prepara o terreno bem antes. Para fingir que é bondade ou para dizer que não tem culpa.

Sinônimo de exemplo no início do processo de imunização de sua população contra a covid, a cidade de Mossoró segue enfrentando problemas com os retardatários. Ainda há um número muito grande de pessoas com doses em atraso.
Mais de 50 mil pessoas tem alguma dose em atraso. São 26.523 mossoroenses que ainda não tomaram sequer a primeira dose do imunizante. Outras 20.722 estão com a segunda dose em atraso. Além disso, 6.583 mossoroenses estão com a dose de reforço atrasada.
Se todas essas pessoas tivessem cumprido com sua parte, a cidade já teria atingido mais de 500 mil doses aplicadas, além de ter superado a marca de 200 mil pessoas totalmente imunizadas.
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