Os professores da rede municipal de ensino de Mossoró, em greve desde o dia 23 de fevereiro, realizaram na manhã desta sexta-feira, 31/3, o “sepultamento” do Projeto Mossoró Cidade Educação. Apresentado pelo prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) como o grande carro-chefe de sua gestão, o Mossoró Cidade Educação é visto pelos docentes como mera peça de marketing.
Para a professora Eliete Vieira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) entidade que representa os docentes, não há projeto educacional que mereça ser considerado como tal se não garantir a valorização dos profissionais da educação.
“Sem respeito ao professor, sem respeito à lei que garante a valorização profissional e salarial do professor, trata-se de um projeto que já nasce morto. É apenas ação midiática”, avalia Eliete Vieira.
Os professores se concentraram para o ato no Ginásio Pedro Ciarlini, de onde saíram pelas ruas do centro da cidade em cortejo fúnebre até o Palácio da Resistência, onde foi feito o enterro simbólico do projeto. O ato foi denominado pelos grevistas de ”Cortejo Fúnebre”.
Os professores lutam, entre outras demandas, pelo pagamento do reajuste do piso docente, estabelecido pela lei, para esse ano, em 14.95%. Até agora, nesse item, a prefeitura não apresentou nenhuma proposta.
Foto: Caio César Muniz
