* Márcio Alexandre
O futebol mossoroense viveu, na noite desta terça-feira, 27/6, momento mágico. O Potiguar de Mossoró goleou o Pacajus, seu adversário do dia.
Como se diz no anedotário futebolístico: sobrou em campo. Fora dele, porém, uma estranheza.
As arquibancadas chamaram a atenção. O torcedor ficou boquiaberto. E não foi com nenhum dos cinco gols da equipe alvirrubra.
É que nos assentos, faltou o rubro. Não tem mais o vermelho do Potiguar. Não existe mais o verde do Baraúnas.
Sobra, hoje, o azul, soçobrando a tradição de sempre. Ridiculamente, mudaram o estádio pra eternizar uma cor. Talvez de quem agora, manda em tudo. Ou pensa que manda.
Mexeram até numa paixão imutável pra jogar no inconsciente que ninguém mais pode mudar. De que não é mais possível o pluralismo. De que agora tudo é uno. Perturbador.
O monocromatismo azula a cidade, açulando quem ouse discordar. É o meio de inibir quem mostra o erro do exagero e o crime contra a administração pública.
Nunca se viu tanto personalismo. Incrível que nem “espaços sagrados para o esporte” escapam da agressão praticada em nome do proselitismo político que não deveria ser praticado.
A impessoalidade sucumbiu para atender ao gosto pessoal de quem dita. Dura realidade. E ninguém reclama. Absolutamente aterrorizador.
LTentamos ouvir a prefeitura sobre esse assunto.
Contactamos o assessor da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, e também a secretária municipal de Comunicação Social da Prefeitura de Mossoró.
Fizemos os seguintes questionamentos:
Foi a prefeitura quem realizou a pintura do Nogueirão?
Não ficou descaracterizado da tradição dos times locais?
Não ficou muito parecido com a cor de campanha do prefeito?
Ainda não obtivemos respostas.
* Professor e jornalista