O cenário é quase de guerra. Cinzas, ferro retorcido, restos de plásticos queimados, piso manchado. Foi assim que ficou uma das salas da Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, localizada no bairro Belo Horizonte.
A unidade escolar registrou um incêndio, entre a madrugada de domingo, 25 de maio, e a segunda, 26 do referido mês. O fogo foi gerado, pelas informações iniciais, nas instalações elétricas. Teria começado em um ventilador e se alastrado pelo local. Pode ter contribuído para o incêndio o fato de os ar-condicionados terem sido instalados sem o planejamento necessário.
As cadeiras foram queimadas, o quadro negro derreteu, e tudo ficou intoxicado, o que obrigou ao fechamento da escola durante dois dias. A paralisação das atividades foi informado aos pais de estudantes sem que lhes informassem o porquê. Aliás, não se sabe porque a gestão Allyson Bezerra (União Brasil) trata o assunto como segredo de estado.
A gestão da escola não permite, por orientação da Secretaria Municipal de Educação (SME), que ninguém tenha acesso ao local. Nada pode ser dito na escola sobre o incêndio.
Ao mesmo tempo em que há o silêncio na unidade de ensino, também é intrigante que o Conselho Municipal de Educação (CME) silencie sobre a ocorrência, que pode se repetir caso as providências necessárias não sejam tomadas.
A escola funciona em um imóvel alugado. Como se vê do ocorrido, com poucas condições de abrigar, com segurança, 270 crianças que estudam no local. No prédio, os espaços são pequenos e as acomodações pouco recomendadas para uma escola.
O Boca da Noite buscou informações da prefeitura sobre o caso, mas a Secretaria Municipal de Comunicação Social (Secom), não respondeu aos nossos questionamentos. Perguntamos:
A prefeitura já identificou as causas do incêndio na Escola Municipal Nossa Senhora das Graças?
O que está sendo feito para recuperar a sala onde teve o ocorrido?
Até quando vai o prazo do contrato do aluguel do imóvel que abriga a escola?
A prefeitura acredita que o local é seguro para as crianças da escola?
Quando a Secom nos responder, a matéria será atualizada.
Imagem meramente ilustrativa (Getty Images)