A hipocrisia é a principal arma dos políticos cretinos. O discurso moralista é o escudo desse povo. Montados na estrutura pública, comprando espaços em parte da mídia e criticando nos outros os seus piores defeitos, a maior parte deles joga com a confiança do povo. Tripudia da boa-fé da população. Dois casos recentes ilustram bem o que estamos dizendo.
O presidente Bolsonaro (PP) com a maldade que lhe é peculiar, vetou importantes projetos do Rio Grande do Norte na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023. Duas dessas obras, vitais para o Estado: a criação do Cinturão das Águas e a duplicação da BR-304. A maioria dos prefeitos silenciou. Aliás, quase todos. Talvez todos. Não se viu uma voz desses 110 prefeitos que hoje arrotam defesa dos municípios.
O Cinturão das Águas beneficiaria 54 municípios. Nem mesmo Rogério Marinho (PL), que vende a falsa ilusão de que é o candidato das águas, deu um pio sobre o tema. Retificando: falou sim. Para defender o seu genocida preferido, soltou mais umas mentiras. Como tem se acostumado a fazer.
Sobre a duplicação da BR-304, outro silêncio ensurdecedor. Então, são esses prefeitos, em sua espantosa e ruminante maioria, que agora critica quem questiona o uso de verbas públicas para compra de apoio parlamentar.
Hipócritas. Sabem todos que é o dinheiro é do orçamento secreto. Sabe que orçamento secreto é eufemismo para desvio de verba. O que ninguém sabe é se o dinheiro prometido está vindo mesmo para os cofres públicos.
O exemplo de Mossoró é clássico disso. Não se sabe se o valor que chegou aos cofres municipal acompanha o exagero midiático da gestão.
Algumas obras tem sido feitas na cidade, é verdade, provavelmente com os recursos do empréstimo do Finisa. Como falta transparência, é difícil afirmar com certeza a origem do dinheiro. Por aqui, não há esforço em parecer honesto, mesmo que achamos que se seja.
Então, criticar uma ação judicial que busca esclarecer uso de recursos públicos é patifaria. É canalhice. É insulto à inteligência da população. É ser hipócrita. Principalmente quando se cala quando um presidente veta duas importantes obras, pelos menos, para o nosso Estado. Menos, senhores prefeitos, menos.
