O suplente de vereador Adjailson Fernandes Valdeger, o “Marrom Lanches”, do Democracia Cristã (DC), assumiu, temporariamente, uma vaga no Legislativo municipal há exatos 8 dias. Ele ocupa a vaga cujo titular é Isaac da Casca (MDB) que tirou licença para disputar uma vaga nas eleições desse ano.
“Marrom Lanches”, como era de se esperar, está muito feliz na condição de parlamentar municipal. Pequeno empresário, se orgulha de ter conseguido chegar à Câmara Municipal, mesmo sabendo que a estadia tem prazo de validade. Até esperava ser alvo de assédio. Político.
O novo inquilino do Palácio Rodolfo Fernandes já declarou que não é nem governo nem oposição. É bobagem pensar que ele não disse isso como código. Para o governismo, foi a senha: “Marrom Lanches” está disponível. As investidas, no entanto, tem desagrado o novato. Estão mais incisivas do que ele imaginava. O clima, segundo apurou o Blog Na Boca da Noite, é de tensão.
O governismo quer o apoio de “Marrom Lanches” aos candidatos da casa: Jadson (estadual) e Lawrence Amorim (federal). É possível, também, que a gestão municipal queira marcar um duplo.
Isaac é o presidente da Comissão de Panejamento, Uso e Ocupação do Solo, aquela que tem incomodado o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) no mal explicado aditivo ao contrato da reforma do Memorial da Resistência. Todo mundo já sabe que o aumento no valor da obra se deu após – e mesmo – os serviços terem sido concluídos. O que se fez com os R$ 443 mil é o que a prefeitura não diz e nem quer que ninguém saiba.
E aí reside a questão dupla. Caso Isaac se eleja deputado estadual, “Marrom Lanches” assume a vaga em definitivo. A partir dai, a possibilidade dele ficar com o assento na comissão também existe. A convocação do secretário de Infraestrutura, Rodrigo Lima, para ir à comissão explicar o nebuloso aditivo só aconteceu porque o governismo tem minoria no colegiado. Para a gestão, é questão de honra mudar isso. Allyson não quer um futuro cinza. Marrom é um bom tom.