* Márcio Alexandre

Apoteótica. Hercúlea. Épica. Qualidades atribuídas à final da Copa do Mundo. Sem nenhum exagero totalmente atribuíveis a Lionel Messi. Craque, decisivo, mágico da bola. Gênio da raça. Os deuses da bola escreveram uma história digna da trajetória do argentino. Um talento gigante. Um jogador diferenciado. Um esportista como poucos.

Artilheiro e líder de assistências. Messi é quase uma unanimidade mundial. Milhares de brasileiros, acostumados a odiar argentinos, torceram pelos hermanos na final. Muita dessa culpa é de La Pulga. Como joga o Messi. Como inspira. Como nos faz pensar diferente da caixa.

Um título para a Argentina significa o triunfo de uma lenda. A história do esporte não poderia negar a Messi um mundial de seleções.

E foi no estilo Brasil de sofrer. Após prorrogação. E nos pênaltis. E mais: com um adversário gigante. Com uma capacidade incrível de se reinventar. Ressurgindo a cada revés. Crescendo a cada queda. Com um monstro do futebol. Mbappé fez nada menos que 3 gols de pênalti na decisão.

Nunca, em toda a história das copas, uma copa foi tão merecida. Nunca alguém mereceu tanto uma copa. Nunca um argentino mereceu tanto estar no topo. Messi sai dos gramados para entrar na história. E com a taça – merecida – na mão. Os deuses do futebol, às vezes, fazem justiça. Não dá para fechar as cortinas de um espetáculo sem reverenciar o principal artista. 

* Professor e jornalista

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