O Instituto de Previdência dos Servidores da Prefeitura de Mossoró (Previ Mossoró) é uma galinha dos ovos de ouro. Pior: quase totalmente desprotegida da ação perniciosa de gestores mal intencionados.
Os muitos milhões de reais das aposentadorias dos servidores mossoroenses atraem os olhares de cobiça – e muitas vezes – e de desonestidade de alguns desses gestores.
Foi assim, por exemplo, que cerca de R$ 20 milhões que deveriam estar nos cofres da autarquia estão com destino ignorado.
Para evitar que esse patrimônio dos trabalhadores seja dilapidado, a atuação do Conselho do Previ Mossoró é fundamental. Ele precisa ter autonomia para realizar o seu trabalho. Com representante da prefeitura, da sociedade e dos servidores, o colegiado, precisa ser paritário e com membros escolhidos por cada segmento nele representado.
Essa feição de independência, no entanto, está sob grave risco. A gestão Allyson Bezerra (União Brasil) manipula ardilosamente para ter o controle total do conselho. E, pior, com ares de suposta legalidade.
É que a gestão está realizando eleições para escolha dos representantes dos servidores efetivos. Esse pleito deveria ser realizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) entidade que representa os trabalhos, mas o ato foi usurpado pela gestão Allyson Bezerra.
Como era de se imaginar, o processo segue altamente viciado.
Primeiro que o período de inscrição de chapas foi pequeno, mal divulgado e atravessado por um final de semana.
Segundo que a votação vai ocorrer em um curto espaço de tempo. Das 8h às 14h. Vai dificultar a presença de muitos servidores, principalmente de professores que tem dois vínculos de trabalho. Os docentes são a categoria com maior número de trabalhadores compondo a base do Sindiserpum.
Por fim, a divisão dos votantes por local de votação é um verdadeiro Deus-nos-acuda. Como se tivesse sido elaborado para dificultar a vida de quem pretende votar.
Para completar o quadro de obscuridade, a prefeitura não divulgou até agora a lista dos aptos a votar.
Por tudo que está elencado acima, a eleição parece um vergonhoso jogo de cartas marcadas.
Para superá-lo, os servidores precisarão comparecer em peso às urnas, cedo e exigindo que seu direito de votar seja respeitado.
