Levantamento da Diretoria de Atos de Pessoal do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) mostrou que pelo menos 47 municípios do Rio Grande do Norte não realizam concurso público há mais de 10 anos. No período de 2008 a 2021, foram realizados 256 concursos públicos municipais em todo o Estado.
O levantamento faz parte do Plano de Fiscalização Anual da Corte de Contas do período 2021/2022 e foi apresentado na sessão do pleno da última terça-feira (17/5), sob a relatoria do conselheiro Gilberto Jales. O objetivo é obter um panorama acerca da forma de ingresso de agentes públicos para a composição do quadro permanente de pessoal dos Municípios do Estado do Rio Grande do Norte.
Foram disponibilizados questionários para as prefeituras do RN no período de 11 de fevereiro a 21 de julho de 2021. Dos 167 municípios do Estado, 139 enviaram respostas. Aqueles que não enviaram poderão responder procedimentos de apuração de responsabilidade.
Em termos gerais, o relatório demonstra que os municípios com maior número de concursos são os quais possuem maior população. A média de realização de concursos foi de 12 certames por ano, entre 2000 e 2021. Há 12 cidades cujo período sem ingresso de funcionários públicos estatutários foi de 20 anos, entre 2000 e 2021.
Vale ressaltar que os anos de 2020 e 2021 não foram inteiramente computados, pois as limitações impostas pela legislação relativa ao combate à pandemia de covid-19 não permitiram novos certames no período. O ano de 2001 foi o que teve o maior número de concursos públicos municipais: 21. Em 2004 e 2012, houve o menor número de certames: apenas cinco.
A equipe técnica da DAP também mediu se há uma relação entre um maior número de concursos e uma gestão mais eficaz. A eficácia é medida pelo Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), calculado pelos Tribunais de Contas. O índice traduz a efetividade da gestão municipal nas áreas de prestação de serviços básicos. “A relação entre quantidade de concursos e posição do Município no IEGM é muito fraca ou inexistente. Dessa forma, observou-se que cidades com IEGM baixo realizaram muitos concursos e outros com IEGM alto não realizaram. Ocorrendo, também, situações opostas”, diz o relatório.
O resultado do estudo será enviado para conhecimento da Federação dos Municípios do RN. Além disso, deve “ser usado na seleção de casos que mereçam aprofundamento pelos auditores, de modo a alcançar indícios e evidências que reforcem a justificativa de auditorias futuras, a exemplo da possibilidade de cruzamento com dados de proporcionalidade entre cargos efetivos e não efetivos na composição dos quadros de servidores”, aponta o relatório.
1. AFONSO BEZERRA
2. LUCRÉCIA
3 PASSAGEM
4. SÃO BENTO DO NORTE
5. TOUROS
6. LAGOA DE PEDRAS
7. PARAÚ
8. MACAU
9. MARCELINO VIEIRA
10. TRIUNFO POTIGUAR
11. UPANEMA
12. MONTE DAS GAMELEIRAS
13. PARANÁ
14. RUY BARBOSA
15. CERRO-CORÁ
16. FELIPE GUERRA
17. GUAMARÉ
18. IPANGUAÇU
19. JUNDIÁ
20. MACAÍBA
21. PUREZA
22. RAFAEL GODEIRO
23. SÃO VICENTE
24. AREZ
25. BOM JESUS
26. MONTE ALEGRE
27. PATU
28. SÃO MIGUEL DO GOSTOSO
29. SÃO TOMÉ
30. ALTO DO RODRIGUES
31. BARCELONA
32. BODÓ
33. CAIÇARA DO RIO DO VENTO
34. FERNANDO PEDROZA
35. FRUTUOSO GOMES
36. LUIS GOMES
37. MONTANHAS
38. SERRINHA
39. ALEXANDRIA
40. BARAÚNA
41. GROSSOS
42. IELMO MARINHO
43. JANDUÍS
44. SENADOR GEORGINO AVELINO
45. SERRA DO MEL
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