* Márcio Alexandre

 

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Câmara Municipal de Mossoró, o vereador governista Raério Araújo, o Raério Cabeção (PSD) parece ainda não compreender a importância, a grandeza e a missão do colegiado sob sua condução.
A CCJ tem, entre outras obrigações, a responsabilidade de atestar a constitucionalidade das matérias que tramitam em nosso Legislativo. Em outras palavras: a CCJ tem como grande propósito impedir que as leis aprovadas naquela Augusta Casa não firam a nossa Constituição Federal.
Para que o trabalho da CCJ logre êxito é necessário que seja ela guardiã dessa mesma Constituição. Ou seja, que seja vigilante a que os preceitos, fundamentos e garantias previstos em nossa Carta Magna seja respeitados.
Entre os preceitos, garantias e direitos constitucionais insere-se a inafastável, inegociável e indispensável liberdade de expressão, fundamental a qualquer regime democrático, esse que garante que a população escolha seus governantes e representantes. Entre eles os vereadores. Como os que são eleitos por seus pares para compor comissões temáticas como, por exemplo, a CCJ.
Raério, como dissemos no início, parece não ter entendido, ainda, nada disso.
O nobre vereador tem exagerado de forma recorrente no exercício da vereança. Exacerbando até mesmo na proteção que lhe garante a imunidade parlamentar. A ponto inclusive de a presidência da Câmara se ver obrigada a colocar em funcionamento a Comissão de Ética do Legislativo.
Raério já comparou uma colega de parlamento a uma cadela. Já fez comentários homofóbicos. Já atentou contra a legislação educacional. Enfim, já foi muito além do que o bom senso exige. Tudo em sessões transmitidas pela TV Câmara.

Claro que nós, do Boca da Noite, no exercício do bom Jornalismo, estribados na garantia constitucional do direito à liberdade de expressão, expressamos nossa opinião sobre a conduta errante de Raério. Principalmente porque foram erros cometidos por um vereador no exercício de um importante cargo com salário robusto e privilégios mantidos pelo contribuinte.

Raério, que parece gostar de ofender, se sentiu ofendido porque dissemos isso e, do alto da sua incapacidade de reconhecer um erro, assacou contra nós do Boca da Noite. Tentou nos intimidar, censurar, nos calar.

Buscou na Justiça reparação para suposto dano sofrido. Sofreu derrotas em todos os pedidos feitos. Em primeira segunda instâncias.

Saiu perdedor. Não logrou êxito. Não teve sucesso.

Só nos alegramos com a vitória porque nos entristecemos com a perseguição, com a vontade de nos calar, com o desejo de nos censurar,  com o propósito de nos amordaçar.

Nos alegramos porque quem venceu a fpi sociedade. Quem triunfou foi o Jornalismo. Quem se fez exitosa foi a liberdade de expressão.
É uma vitória que nos encoraja  continuar cada vez mais altivos, combativos  e destemidos. Porque é disso que é feito o Jornalismo digno desse nome. E é para exercer esse Jornalismo que o Boca da Noite foi criado.

* Jornalista

 

3 thoughts on “Vereador governista fracassa na Justiça em tentativa de censurar o Boca da Noite

  1. Parabenizar o portal pela coragem e atitude de manter um jornalismo sério , investigativo , combativo e crítico. Se alguém tenta calar é pq existe medo da verdade .

  2. Faz isso e usa de artimanias, pois com suas asneiras nada acontece, mas um dia ele irá responder por suas falas e atitudes que envergonham aos seus próprios eleitores. É um sem noção!

  3. Enquanto isso, o “nobre” vereador esquece por completo para quê os seus eleitores elegeram ele. E uma dessas suas funções é fiscalizar os desmandos administrativos do seu chefão dentro do poder executivo. Coisa que ele jamais vai fazer.

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