Apontado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) como operador do esquema de fraudes no sistema de marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado, o vereador Diogo Rodrigues (PSD) reassumiu o mandato na Câmara Municipal de Parnamirim. O ato oficial de seu retorno foi publicado ontem pelo Legislativo daquela cidade.
O parlamentar, preso há um ano, vai seguir exercendo o mandato fazendo uso de tornozeleira eletrônica. Na prática, Diogo estará presencialmente na Câmara a partir de segunda-feira, 1/8, quando deverá comparecer ao plenário usado o equipamento de monitoramento da Justiça.
PROCESSO – Diogo é acusado de, ao lado da esposa, burlar o Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do Sistema Único de Saúde (SIGUS). De acordo com a denúncia, Diogo e sua esposa Monikely Nunes – funcionária de um cartório em Parnamirim -, faziam inserções de dados falsos no SIGUS) – sistema informatizado utilizado pela Sesap e por alguns municípios para regular a oferta, e agendamento de procedimentos do SUS – burlando a fila.
Os dois foram denunciados pelo MP-RN pela prática dos crimes por corrupção passiva, peculato, inserção de informações falsas em banco de dados da administração pública e lavagem de dinheiro.
Digo também responde pelo crime de fraude em licitação. Somadas apenas as quatro denúncias já oferecidas pelo MP-RN e recebidas pela Justiça potiguar, o vereador responde 300 vezes por corrupção passiva, 300 vezes por peculato, 476 vezes por inserção de informações falsas em banco de dados da administração pública, 83 vezes por lavagem de dinheiro e uma vez por fraude em licitação. A operação ficou conhecida como “Fura-fila”.
A operação Fura-fila foi deflagrada dia 21 de maio do ano passado. Através delas, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e ainda outros 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal, Parnamirim, Mossoró, Caicó, Monte Alegre, Areia Branca, Brejinho, Frutuoso Gomes, Rafael Godeiro e Passa e Fica. Também houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na cidade de São Paulo.
