Vergonha da semana: uma apropriação criminosamente indevida

por Ugmar Nogueira
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Prefeitos, governadores e o presidente são eleitos para gerir em nome de todos. Receberam o voto da maioria e, por isso, legitimados a decidir em nome da cidade, do Estado e do país.
Esse poder-dever implica a que adotem medidas de proteção ao patrimônio público. Também. Essa condição no entanto, não se confunde com o que, infelizmente, temos presenciado em Mossoró.
Por aqui, repudiavelmente, a gestão municipal se apropriou dos bens públicos. Por essas bandas, o engenheiro civil Allyson Bezerra (União Brasil) se faz dono e posseiro de tudo o que pertence ao município.
Por essas bandas, se sonega até informações. Principalmente.
Por medo, maldade ou puxa-saquismo, muitos dos auxiliares de sua gestão também agem assim. Ou pior que isso. Em nome da criminosa apropriação indébita que se tornou marca registrada da atual gestão municipal.

O caso recente da Escola Municipal Nossa Senhora da Graça é emblemático. Retrato fiel de como Mossoró se transformou numa cidadela gerida sob o signo do autoritarismo, do desrespeito às leis e de afronta às normas.
No Nossa Senhora da Graça, a diretora quis impedir que Marleide Cunha tivesse acesso à escola.
Vejamos bem: Marleide é cidadã. Os bens públicos aos cidadãos pertencem.
Marleide é professora. Legitimada profissionalmente a opinar sobre o que de errado estiver ocorrendo naquele ambiente educativo.
Marleide é servidora pública de Mossoró. Não é, portanto, alienígena ao espaço citado.
Marleide é vereadora e, assim, detentora de um cargo efetivo. Chancelada pelo voto popular a estar nos equipamentos sociais públicos a fiscalizar, analisar, ver, olhar, denunciar, elogiar, criticar, e tudo o mais que a lei permitir e a sociedade necessitar.
Legitimada a fiscalizar na mesma proporção que o prefeito está legitimado a tomar decisões.
Impedir uma cidadã a adentrar um espaço público coletivo não é só uma vergonha. É um crime. Um absurdo. Uma monstruosidade. Uma aberração.
Potencializados pelo fato de a cidadã em questão ser professora, servidora pública e vereadora. Não necessariamente nessa ordem.
Allyson Bezerra não é o estado, embora se comporte como tal e tenha em seu derredor gente agindo como vassalos.

 

 

Veja abaixo a denúncia da vereadora:

 

 

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