Terminou ontem o Mossoró Cidade Junina 2025. Nesta edição, registre-se, a preocupação da gestão do bolsonarista Allyson Bezerra (União Brasil) foi mais de gastar dinheiro do que de fato oferecer um evento de qualidade para o povo. O Pingo Da Mei Dia, esse Boca da Noite já fez o devido registro, foi o único evento digno de nota de toda a programação do MCJ 2025.
As demais atividades ocorreram pela força de si mesmas e, na maioria das vezes, com problemas, como esse mesmo Boca da Noite tem ressaltado. O MCJ 2025 teve alguns bons exemplos de como se desperdiçar milhões. Três deles são emblemáticos.
Três atrações nacionais, bolsonaristas – e aqui o registro é para reafirmamos o quanto essa galera quer Estado mínimo, mas adora um cachê milionário pago com dinheiro público – chamaram a atenção, negativamente.
Zezé Di Camargo e Luciano, Leonardo e Bruno e Marrone foram, nessa sequência, o que se pode chamar de escalada de desperdício de dinheiro do contribuinte. Pelo menos R$ 2 milhões investidos sem o retorno que o público que os acompanha esperava.
Zezé Di Camargo e Luciano, há algum tempo, tem subido ao palco mais com empáfia do que com talento. A petulância que os domina tem passado até para o restante da equipe. Vide o episódio da bailarina que classificou como “lavagem” a comida nordestina. Pois bem, Zezé desafinou e decepcionou o pequeno público que o acompanhou na noite de 20 de junho. Não tem mais a potência vocal que justifique um cachê na casa do R$ 500 mil, quantia que levou daqui.
No dia 25, foi a vez de Leonardo não fazer jus aos R$ 750 mil que empalmou. Também desafinou. O álcool consumido às vésperas da apresentação não permitiu que desse retorno mínimo ao público.
Por fim, na última sexta-feira, Bruno, da dupla Bruno e Marrone (e que colhe individualmente quase todos os louros da fama, embora componha uma dupla), foi outro que decepcionou. Também sob efeito de elevado teor alcoólico, escalou um filho “para segurar as pontas”. O público – acertadamente – chiou. Bruno, então, convidou um amigo mossoroense – embora não soubesse direito o nome do artista – para ajudá-lo no palco. Apesar do talento do rapaz, quem estava na Estação das Artes o foi para assistir show da dupla Bruno e Marrone. Nas poucas vezes em que assumiu o vocal, Bruno emulou. Mais vocalizou do que cantou.
Ao fim e ao cabo, Zezé, Bruno e Leonardo brincaram no palco. Nada demais, não tivesse sido ao custo de alguns milhões de reais do povo mossoroense. Que para a próxima edição do MCJ, a gestão bolsonarista de Mossoró escolha melhor os artistas bolsonaristas de sua preferência. Não dá para desperdiçar tanto dinheiro desse jeito.