A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte (FICCO/RN) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10/12), operação para desarticular o núcleo estratégico de operadores e conselheiros responsáveis pelo comando de ações violentas e pela gestão financeira de uma organização criminosa com atuação interestadual.
As investigações apontam que o grupo alvo exercia papel central na estrutura da organização, coordenando o tráfico de drogas e armas, além de atividades de lavagem de capitais. Durante a apuração, foram identificados elementos que relacionam integrantes do núcleo à consumação de 11 homicídios e uma tentativa de homicídio, ocorridos majoritariamente em 2025. As informações reunidas serão compartilhadas com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa para continuidade das investigações sobre crimes contra a vida.
A Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do RN expediu 15 mandados de prisão preventiva e 26 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados nos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Rondônia.
Durante a fase ostensiva, além do cumprimento dos mandados, foram realizadas três prisões em flagrante. Também foram apreendidos armamentos, munições e uma quantia significativa em espécie.
Em um dos locais alvo de busca, uma profissional da área jurídica foi presa em flagrante ao ser encontrada com bilhetes encaminhados a integrantes da organização criminosa recolhidos em unidades prisionais. A investigação indica que ela utilizava suas prerrogativas profissionais para transmitir mensagens aos líderes encarcerados, auxiliando na manutenção da comunicação interna do grupo.
Por determinação judicial, foi realizado ainda o bloqueio de valores em contas bancárias de dezenas de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema de lavagem de capitais, voltado à ocultação e dissimulação de bens provenientes de atividades ilícitas.
A FICCO/RN é composta por integrantes da Polícia Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Polícia Civil do RN, Polícia Militar do RN e Polícia Penal do RN, atuando de forma integrada no enfrentamento ao crime organizado
10/12/2025
Prefeitura do Assú vai entregar cerca de 3 mil cestas básicas para famílias da zona rural.
A distribuição, que será realizada a partir da próxima semana, atende à ordem de fornecimento assinada pela ADA Emergencial, conforme demanda apresentada pela secretaria de Assistência Social a Defesa Civil municipal.
Cada cesta contém os seguintes itens: arroz beneficiado polido longo fino tipo 1, feijão carioca tipo 1, leite em pó integral instantâneo, óleo de soja, farinha de mandioca seca média tipo 1, macarrão espaguete comum, açúcar cristal, flocos de milho, sardinha em óleo comestível em lata e sal. As cestas integram o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e são destinadas a municípios que declararam situação de emergência em função da seca.
As cestas serão entregues pelas equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social exclusivamente a famílias inseridas no Cadastro Único do município e residentes na zona rural que se encontram em situação de insegurança alimentar e nutricional. A lista de beneficiários foi previamente elaborada com base nos critérios estabelecidos pelo programa e encaminhada à ADA Emergencial junto à documentação do processo. O servidor indicado na ordem de fornecimento é responsável pelo recebimento e prestação de contas das cestas distribuídas.

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e são destinadas a municípios que declararam situação de emergência em função da seca.
O recebimento das cestas foi possível em função da adesão do município de Assú ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), através da Secretaria de Assistência Social. O cadastro habilita os municípios a acessarem recursos federais destinados à segurança alimentar e nutricional. Atualmente, apenas oito municípios do Rio Grande do Norte possuem adesão ao SISAN publicada pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN Nacional): Natal, Canguaretama, Serrinha, Assú, Macaíba, Jaçanã, Carnaubais e Santo Antônio.
Além das cestas básicas, o município mantém em operação o abastecimento por carros-pipa para atender a população da zona rural afetada pela estiagem. A data de início da distribuição das cestas básicas será divulgada pela Secretaria Municipal de Assistência Social nos próximos dias.
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil) faz uma péssima gestão: persegue servidores, sucateia a saúde e a educação, usa quase todo o dinheiro do contribuinte em contratos milionários cheios de suspeita de superfaturamento. Apesar disso, conta com popularidade elevada e lidera a maioria das pesquisas para o Governo do Estado. O “fenômeno” parece ter razão de ser.
De acordo com o blogueiro Jefferson Sterfeno, o uso de verbas públicas explica o fenômeno. O prefeito tik toker estaria, assim, usando dinheiro do povo para benefício pessoal. Veja a análise:
A máquina de propaganda do prefeito chapéu de coro deu um nó nos números da comunicação digital dessas terras. Avaliando quatro dos principais políticos do estado surgeum campo de batalha invisível, onde a percepção da realidade é moldada por exércitos de robôs, verbas públicas e uma imprensa que ora fiscaliza, ora aplaude. No centro da disputa, a governadora Fátima Bezerra e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, vivem em universos midiáticos opostos. Um é o da crítica implacável; o outro, o da blindagem quase perfeita. Os dados sugerem que essa diferença tem um preço: R$ 4,3 milhões
Prólogo: O Prefeito e o Buraco
Em algum lugar de Mossoró, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, um cidadão desvia de um buraco na rua. Talvez reclame da saúde, que demora, ou da escola do filho, que precisa de reforma. Problemas comuns, de qualquer cidade. Longe dali, nos servidores de uma empresa de análise de dados, uma realidade paralela é construída. Nela, o prefeito da cidade, Allyson Bezerra, do União Brasil, não é o gestor dos buracos, mas um líder em ascensão, o mais cotado para governar o estado em 2026, um fenômeno de popularidade.
Enquanto isso, em Natal, a governadora Fátima Bezerra, do PT, acorda com mais uma manchete sobre o colapso na saúde, o déficit na previdência ou a violência que não cede. Para ela, a realidade paralela não existe. O noticiário é um espelho cruel dos problemas de seu governo.
Por que dois chefes de executivo, no mesmo estado, vivem em universos de notícias tão distintos? A resposta, sugerem os dados e uma investigação do Ministério Público Eleitoral, está em como cada um joga o jogo da comunicação. E, principalmente, em quem paga por ele.
Os Quatro Cavaleiros dos Maiores Ativos Digitais
Para entender o campo de batalha, analisamos quase dois anos de menções online de quatro figuras centrais da política potiguar: a governadora Fátima Bezerra, o senador e ex-ministro de Bolsonaro, Rogério Marinho (PL), o senador e ex-policial, Styvenson Valentin (PODE), e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra.
À primeira vista, os números são um massacre. Rogério Marinho é um Golias digital. Com mais de 400 mil menções, ele supera Fátima em 13 vezes. Seu alcance potencial, de 1,72 bilhão de pessoas, é maior que a população da China. Mas isso não significa tanto porque todo esse alcance reflete seu engajamento no Twitter pela projeção nacional das discussões envolvendo Bolsonaro.
Mas no mundo digital, nem tudo que reluz é ouro. O império de Marinho é construído sobre uma base frágil: quase 78% de todo o conteúdo sobre ele são apenas compartilhamentos. É como um show com milhões de ingressos distribuídos, mas onde a maioria do público está apenas repassando o convite, sem criar seu próprio barulho. É um sinal clássico de amplificação artificial, um exército de perfis cuja única missão é ecoar a mensagem do chefe.
Fátima e Styvenson, por sua vez, jogam um jogo mais tradicional, com um equilíbrio entre conteúdo original e compartilhamentos. Mas é Allyson Bezerra, o prefeito da cidade do interior, quem apresenta a anomalia mais intrigante.
Como Funciona A máquina de propaganda do prefeito chapéu de coro
Nos últimos dois anos, a distribuição de quase 27 mil menções ao nome do prefeito de Mossoró atendeu a essa dinâmica:
Dois Jornais para Dois Governantes
A diferença de estratégia se reflete no espelho do noticiário. Quando analisamos o conteúdo das notícias sobre os dois chefes de executivo, Fátima e Allyson, o contraste é brutal.
O Jornal de Fátima Bezerra:
É um diário de crises. As notícias negativas e neutras sobre ela são um manual de problemas de gestão pública:
•Saúde em Colapso: “Hospitais enfrentam severas faltas de suprimentos.”
•Aumento de Impostos: “Aumento do ICMS de 18% para 20% gera revolta.”
•Alta Desaprovação: “67% dos eleitores insatisfeitos com sua gestão.”
As críticas são específicas, baseadas em dados e atribuídas a fontes (TCE, pesquisas, fatos econômicos). É a imprensa em seu papel clássico de fiscalização do poder.
O Jornal de Allyson Bezerra:
É um diário de campanha eleitoral para 2026. As notícias positivas e neutras sobre ele são um manual de marketing político:
•Foco no Futuro: “Allyson Bezerra lidera as intenções de voto para 2026.”
•Construção de Imagem: “É visto como um forte concorrente, com sua popularidade crescendo.”
•Alianças Políticas: “Allyson e Rogério Marinho estão em conversas para unir forças.”
•Críticas Genéricas: Quando há críticas, são vagas: “enfrenta desafios”, “tem sido alvo de questionamentos”.
Não se fala dos buracos de Mossoró. Fala-se da pavimentação de seu caminho para o governo do estado.
| TEMA DA NOTÍCIA | FÁTIMA BEZERRA (Governadora) | ALLYSON BEZERRA (Prefeito) |
| FOCO PRINCIPAL | Problemas da gestão ATUAL | Candidatura para a eleição FUTURA |
| NATUREZA DA CRÍTICA | Específica, com dados e fontes | Genérica, vaga e minimizada |
| PAPEL DA MÍDIA | Fiscalização do poder | Promoção do político |
O Preço da Realidade
Por que a mídia trata os dois de forma tão diferente? O parecer do Ministério Público Eleitoral no Recurso Eleitoral nº 0600127-80.2024.6.20.0033 oferece uma resposta contundente: dinheiro.
O MP acusa Allyson Bezerra de abuso de poder político e econômico por, supostamente, usar a máquina da prefeitura para se promover. A acusação central é que a Prefeitura de Mossoró, que tinha um orçamento de publicidade de R$ 841 mil, empenhou mais de R$ 4,3 milhões com agências de comunicação. Esse dinheiro, segundo o MP, era usado para subcontratar os mesmos blogs, portais e influenciadores que hoje constroem a imagem de Allyson como “líder nas pesquisas”.
É a “blindagem midiática” em ação. Enquanto Fátima é obrigada a responder pela realidade de sua gestão, Allyson parece ter comprado uma realidade alternativa, onde os problemas de Mossoró são ofuscados pela glória de sua futura candidatura.
Os dados de “eficiência” confirmam a suspeita. Fátima tem 5 vezes mais “autores únicos” (pessoas falando sobre ela) que Allyson. No entanto, cada “autor” de Allyson produz, em média, 11,3 menções, contra apenas 2,4 de Fátima.
É a diferença entre uma conversa de bar, com muitas pessoas falando um pouco, e uma redação de jornal, com poucos profissionais produzindo muito conteúdo. Os “autores” de Allyson são, ao que tudo indica, profissionais.
O Custo da Verdade
No fim, os dados revelam três modelos de comunicação política no Rio Grande do Norte:
1.O Modelo da Força Bruta (Rogério Marinho): Usa a tecnologia para criar um volume gigantesco de ruído, uma demonstração de poder digital que pode ou não se traduzir em votos.
2.O Modelo da Realidade Nua e Crua (Fátima Bezerra): Governa sob o escrutínio de uma imprensa que, para o bem ou para o mal, reflete os problemas reais da população.
3.O Modelo da Realidade Comprada (Allyson Bezerra): Usa recursos públicos para criar uma bolha de notícias positivas, uma blindagem que o protege dos problemas de sua própria gestão e o projeta para o futuro.
Na próxima reportagem vamos explorar como o Mossoró Cidade Junina é um dos principais propulsores dessa máquina. Eu solicitei à Prefeitura de Mossoró via Lei de Acesso à Informação todos os contratos da festa, mas não obtiver resposta. O Ministério Público do Estado foi acionado para fazer a lei valer e os documentos, que são públicos, serem disponibilizados.
Blog do Dinda

