Acabou ontem a greve na rede estadual de ensino. Na rede municipa, em Mossoró, quase nem começou. E desde o princípio, as posturas de Allyson Bezerra (UB), prefeito de Mossoró, e de Fátima Bezerra (PT), governadora do Estado, foram determinantes para o desfecho de cada uma das paralisações.
Em Mossoró, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindiserpum) protocolou ofício com as demandas dos educadores em dezembro, Na pauta, entre outros itens, o pedido de cumprimento da lei que garante o reajuste do piso docente.
Allyson ignorou solenemente. Mais do que isso. Ficou todo o tempo fingindo desconhecimento, manipulando em suas redes sociais para que a sociedade não tivesse conhecimento de que uma greve estava em curso.
Enquanto isso, na surdina, o prefeito manejava ação judicial para acabar com o movimento. Assim, como nas redes sociais, mentindo. Disse à Justiça – e essa acreditou – que sequer sabia do que se tratava. Por razões que a razão desconhece, o Judiciário não se deu ao trabalho de consultar o Sindiserpum para saber se a estória de Allyson procedia. Resultado: a Justiça obrigou os professores a voltar para a sala de aula e Allyson foi às redes sociais mentir – de novo, mais uma vez, novamente – dizendo que está aberto ao diálogo.
Fátima Bezerra também foi à Justiça. Mas para derrubar ação do Ministério Público que a impedia de conceder o reajuste. Ao mesmo tempo, apresentava propostas para o pagamento. Abriu a mesa de negociação e recebeu os grevistas várias vezes. Final da história: fim da greve com proposta acatada pela categoria.
Os episódios mostram, de forma clara, quem de fato, é democrático, valoriza a educação e busca meios de valorizar os profissionais.
Por outro lado, mostraram quem vive de rede social para manipular, fingir bondade e prejudicar os trabalhadores. Esse é o segundo ano que o prefeito Allyson Bezerra nega o reajuste do piso aos docentes. Um verdadeiro caloteiro.