Treino é treino, jogo é jogo. Essa máxima é bem conhecida no meio esportivo, sendo perfeitamente possível ser usado na seara política. E, nesse campo, a hora do jogo está chegando. Quem pode, pode, quem não pode se sacode, alerta o ditado popular, numa sabedoria muito aplicável ao que está acontecendo no Solidariedade. As tensões de bastidores estão quentes lá pelas bandas do partido.
De cima a baixo, o clima é de guerra dentro da agremiação. É um salve-se quem puder. São muitos os poréns pra atender aos interesses de cada um. Lá em cima a candidatura majoritária patina, e a ameaça de Styvenson (Podemos) provocou calafrios no ex vice-governador de Robinson Faria.
Descendo um pouco pra federal, a boca está mais quente ainda. A situação, que já não era confortável, ficou ainda mais complicada com a problemática jurídica de Lawrence Amorim, um risco que ninguém quer bancar.
Por Mossoró, o prefeito Allyson Bezerra tem que prestar contas a Fábio Faria, que cobra o apoio, já pago, para o pai.
Kelps sabe que descendo para estadual tem uma vida muito mais cômoda e garantida. Só que, agora, “Inês é morta”.
A barafunda para estadual não deixa a desejar ao padrão vindo desde a cabeça. Embora Kelps pense em roer a corda e descer para estadual, a resistência dos candidatos do Solidariedade à Assembleia, liderados por Luiz Eduardo, é grande. Todos, de forma unânime, não querem nem ouvir nem falar na história de Kelps desistir do sonho à capital federal.
Tem muita água pra descer, mas parece que a previsão do prefeito Allyson Bezerra, que bradou aos quatro cantos que daria facilmente 50 mil votos para os seus candidatos não está fácil de concretizar. Pela empáfia do chefe do Executivo mossoroense, qualquer resultado abaixo disso será considerado uma derrota.
O prefeito de Mossoró barganha a contrapartida de Cristiane Dantas, esposa de Fábio Dantas, para uma dobradinha com Lawrence. A resposta ainda não veio. Sem essa contrapartida, Allyson ameaça cruzar os braços. É aguardar pra ver. No Solidariedade, quem viver, verá.
