Da minha varanda, tomando um café comecei a observar os pássaros como eles se entendem, definem juntos os rumos dos voos… Fiquei pensando que nós humanos mesmo utilizando a linguagem falada, não nos comunicamos tão bem.

Daí me vieram algumas reflexões sobre a democracia, a política, e, por tabela, a oposição.

Ninguém discorda que a política é um instrumento necessário na vida de todos os  povos, do oriente ao ocidente, a política está entranhada na vida das pessoas em todos os momentos, nas rodas de conversas do futebol, do barzinho, dos eventos religiosos, nas redes sociais, encontros familiares, não importa, em todos os lugares a política invade os discursos e gera embates, conflitos e consensos.

Foi dessa máxima que surgiu a oposição.  Na democracia o papel da  oposição é tão legítimo  quanto  o papel do governo em garantir as opiniões que indelevelmente enriquecem o debate e, por conseguinte, as decisões.

O governo Allison Bezerra caminha para o seu sexto mês à frente da Prefeitura de Mossoró. Meio ano se passou!

Com preocupação observo o prefeito e seus auxiliares manterem a mesma logística e plataforma administrativa do governo passado.  Em seis meses de gestão ainda não foi visto grandes projetos autorais sendo realizados ou mesmo encaminhados para a câmara legislativa.  Porém, vejo que o governo sinalizou obras importantes  para a mobilidade urbana da cidade  bem como o resgate do polo industrial de Mossoró.

… Voltando ao voo dos pássaros… fiquei pensando… na oposição.

Será que a oposição sincronizou seu o voo ao governo?

Ou encontra-se com olhos de Poliana,  aguardando as obras anunciadas serem realizadas?

Ou estaria ela sem plano, sem estratégia e sem o faro fiscalizador?

Um bom gestor ( aquele visionário, ambicioso e bem intencionado)  ou qualquer  órgão fiscalizador, se compreender a oposição como aliada e considerar que ela é como uma águia, que lá da mais longínqua distância percebe o que pode ser melhorado ou receber  especial atenção, fará da fraqueza uma força inestimada e do inimigo, o seu aliado, por que aponta erros muitas vezes cometidos de forma distraída pelos os gestores ou colaboradores.  A oposição mostra questões que a administração nem sempre consegue visualizar, não por falta de vontade ou capacidade, mas pela incapacidade de enxergar tudo a tempo e hora. Para isso é imprescindível que cada um faça seu papel e reconheça o papel do outro.

Mas isso já é outro mote, para um outro momento, pois envolve nobreza  e  grandeza  e esses temas são demasiadamente merecedores de uma discussão própria.

Voltando para a questão da oposição, continuo por aqui, torcendo para que ela não se curve à máquina governamental e nem tão pouco, o governo haja com  soberba ou indiferença para a visão que  a oposição pode alcançar e, esta, precisa sair da inércia e assumir seu papel, fiscalizar, cobrar, acompanhar, denunciar e fazer com que a população tenha em suas mãos uma cidade melhor, com  os serviços públicos oferecidos pelas Secretarias funcionando de modo ágil,  honesto e eficiente.

Afinal, não era esse o discurso de ambos os lados?

 

 
 
 

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