O Português não é o mais escorreito. A retórica não é das melhores. Mesmo assim, o vereador Genilson Alves (PROS) cumpriu com o sucesso que a gestão Allyson Bezerra (União Brasil) esperava, o papel de líder do governo na Câmara Municipal de Mossoró.
No exercício do terceiro mandato, e sem dificuldades para trocar de discurso, Genilson tinha desenvoltura no cargo. Não havia ruídos de que estivesse fazendo qualquer coisa que desagradasse o Palácio da Resistência.
Por tudo isso, causou estranheza que do nada, sem razão aparente, sem motivo mais forte, sem circunstância robusta, Genilson tenha deixado a liderança do governo Allyson na Câmara Municipal.
Como não há bobo na política, ninguém acredita que o afastamento tenha sido para cuidar das suas empresas. Genilson as tem desde que entrou na vida pública. E talvez tenha sido elas que o tenham catapultado à condição de vereador.
Também está difícil para muitos crerem que o nascimento do filho, por mais sagrado que seja, por mais maravilhoso que seja, tenha levado Genilson a se afastar da política. Por uma razão muito simples: Genilson está triste. Acabrunhado. Sorumbático. Apagado. Quase apoplético. Moribundo. De causar estranheza inclusive em quem já o conhece há muito tempo.
Gente que acompanha os bastidores da Câmara acredita que Genilson Alves não volta mais para a liderança do governo. Os mais céticos duvidam inclusive se ele ainda voltará ao Legislativo nessa legislatura. A pessoas próximas, já teria confidenciado que não será mais candidato.
As circunstâncias do seu afastamento aumentam ainda mais o mistério sobre o assunto. Para muitos uma possibilidade: o afastamento seria para preservar o governismo. De quê? Só o futuro dirá.