Vereadores de Allyson estão em “em pé de guerra” com o prefeito; Câmara dá sinais da insatisfação

Crise eclode num momento em que gestor quer autorização do Legislativo para manejar R$ 200 milhões

por Ugmar Nogueira
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Não é dos melhores, pelo menos por enquanto, a relação do prefeito Allyson Bezerra (UB) com grande parte dos seus vereadores. A falta de acesso ao gestor é o principal entrave à boa convivência entre o gestor e os parlamentares. Atualmente, são 18 os vereadores de Allyson e apenas três estariam tendo acesso ao prefeito.

Em alguns casos, as estratégias do gestor para não receber determinado parlamentar ou não atender a uma demanda são propositais. A gestão está de fato querendo “se livrar” de alguns. Em outros, no entanto, as negativas derivam do ego inflado e da vaidade desmedida de Allyson. O prefeito acredita que não precisa de nenhum deles, embora saiba que não pode abrir mão da maioria. Ou de todos. Se pudesse, o faria.

Apesar de muitos dos vereadores não terem coragem de, mesmo nos bastidores, darem qualquer grito de independência – por menor que seja – hoje a Câmara Municipal deu exemplos, pequenos, ressalte-se, de que a insatisfação pode se tornar pública.

O primeiro deles foi o de abrir espaço para um popular fazer uma crítica pública ao prefeito Allyson Bezerra. No espaço chamado Tribuna Popular, o agente de endemias Gualter Alencar cobrou da gestão o pagamento do abono salarial da categoria. Trata-se do Incentivo Financeiro Adicional (IFA), dinheiro repassado pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos municípios para beneficiar agentes de saúde e agentes de combate a endemias, mas que a gestão Allyson Bezerra de apropria do dinheiro e não repassa aos citados trabalhadores.

A gestão da Câmara Municipal não só permitiu que Gualter Alencar fizesse a cobrança como produziu material sobre a fala e enviou à imprensa.

A assessoria de comunicação de imprensa do Legislativo também produziu conteúdo a crítica feita por Marleide Cunha (PT) à falta de planejamento orçamentário da gestão Allyson Bezerra. Esse fato é emblemático porque a Câmara Municipal vinha tentando impedir que as críticas feitas à gestão no espaço legislativo viessem à tona.

Essa dificuldade de convivência entre Allyson e seus vereadores eclode num momento em que o prefeito enviou à Câmara Municipal dois projetos pedindo abertura de crédito suplementar e remanejamento de recursos, que somam, juntos, quase R$ 200 milhões que o gestor quer gastar sem dar satisfações ao Legislativo.

Imagem principal: os sorrisos da reunião de 15 de janeiro parecem que ficaram apenas no passado (Foto: PMM)

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1 comentário

Sueleide Alves 24/04/2025 - 05:23

Vai se enforcando, devagar, devagarinho. Não é possível que seres humanos deixem esse ser humilhar e tripudiar, sem se impor e reagir. O caráter, o amor próprio não tem preço. Um dia a conta chega e será incalculável. Entendem?????????

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