* Márcio Alexandre
Elas me acompanharam por cerca de 2 mil quilômetros de estrada. Não desgarraram de mim em nenhuma das mais de 20 cidades de quatro diferentes Estados por onde passei.
Com elas, exerci o egoísmo. Não as partilhei com ninguém. Mesmo representando um gesto de amor, preferi-o sozinho. Não foi sovinice. Foi gratidão. A quem as colocou na bolsa com tanto cuidado e afeto. Com tanta afeição e carinho.
Fui degustando-as. Sem pressa como deve ser consumido o que é bom. Algumas pra sentir a meiguice. Outras pra intensificar a blandície. Sentindo o gosto da gentileza. O cheiro da delicadeza. O aroma do bem querer. Tudo como sinal de graça. Uma ode à estima. Uma gratulação ao amor.
Foi assim que saboreei presença. E aliviei saudades.
(Com amor a Selma, minha companheira de 3 décadas. Minha companhia de todas as horas. Mesmo quando estou longe)
* Professor e jornalista
2 comentários
Que imensa gratidão! És um ser abençoado por lembrar sempre de tua companheira de todas as horas. Jesus abençoe vcs sem.
Sempre