O caso do contrato celebrado entre empresa 4M Locações, Transportes e Serviços Eireli e a prefeitura de Tibau parece ser mais rumoroso do que o que se imagina. A suspeitas começam com a condição da empresa, supostamente localizada na comunidade da Gangorra, 9, zona rural do município de Tibau. Relembre o caso clicando aqui.
O que já era duvidoso se torna ainda mais questionável quando se observa que não há nenhum indicativo da empresa em seu endereço registrado.
Denúncias feitas ao Boca da Noite apontam para a impossibilidade de o maquinário locado pela prefeitura pertencer, verdadeiramente, a 4M Locações. A empresa não demonstra, pelo que se sabe até agora, condições de oferecer ao município, contrapartida de contratos de valores tão elevados. Ainda assim, a gestão da prefeita Lidiane Marques (União Brasil) parece está sendo boazinha com a 4M.
Recentemente, a empresa 4M Locações venceu mais uma tomada de preço, a de Nº 2/2023, para a revitalização dos canteiros da Avenida Tereza Patrício, com um valor estimado em R$ 379.484,00.
O que causa ainda mais perplexidade, segundo denunciantes, que pedem sigilo da fonte, é o fato de que a empresa 4M foi criada em janeiro de 2021 (veja foto e documento abaixo), exatamente o mesmo ano em que a prefeita Lidiane Marques assumiu o cargo na prefeitura de Tibau.
Levantam-se, portanto, algumas questões cruciais: quem é o verdadeiro proprietário desta empresa? Qual é o seu patrimônio atual? Quantidade e especificações reais do maquinário de que dispõe?
“Diante dessas questões e da falta de transparência que parece envolver a empresa 4M Locações, Transportes e Serviços Eireli, seria do interesse tanto dos vereadores locais quanto do Ministério Público iniciar uma investigação minuciosa sobre as operações e propriedade desta empresa.
Afinal, a integridade dos processos licitatórios e o uso adequado dos recursos públicos devem ser garantidos para o bem da comunidade de Tibau e para o fortalecimento da democracia local”, destaca uma fonte.
Pela cidade, multiplica-se o chamado à transparência e à prestação de contas pela gestão municipal atual. “Ser transparente não é favor. É obrigação de todo gestor”, finaliza outro denunciante, acrescentando que é dever de todos zelar pelo correto e justo uso dos recursos públicos, especialmente quando se trata da contratação de empresas para serviços de relevância pública.
O Boca da Noite questionou a gestão Lidiane Marques, mas, mais uma vez, os questionamentos apresentados não foram respondidos.