O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade) realizou, no último dia 20 de outubro, um desfile de veículos enviados à cidade pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) através da Companhia de Desenvolvimento do São Francisco (Coidevasf). A ação visava atrair votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) a quem o prefeito apoiou e em nome de quem botou a estrutura da prefeitura a favor no segundo turno.

A estratégia, no entanto, teve efeito inverso e atraiu foi os olhares da Justiça para o gestor mossoroense. Allyson (foto) é, agora, um dos citados na ação do Ministério Público Federal (MPF) que apura mau uso de verbas públicas da Codevasf. O órgão está no centro de um escândalo de corrupção. Há muitos indícios de irregularidades apontadas pelo MPF.

Rogério Marinho (PL) eleito senador na esteira do derramamento de dinheiro público via Codevasf, é um dos principais investigados. O nome do ex-ministro está no olho do furacão desde que se descobriu que a Codevasf, órgão do MDR, comprou, na gestão de Marinho, tratores com superfaturamento superior a 250%. É o chamado “Tratoraço”, um dos escândalos do Orçamento Secreto, desvio de verba para compra de apoio parlamentar pelo presidente Bolsonaro.

Mossoró é uma das três cidades do Brasil que mais receberam recursos e equipamentos via Codevasf. De acordo com levantamento da Folha de São Paulo, a cidade recebeu recursos e equipamentos que somam R$ 6 milhões. A cidade já foi citada em matéria da imprensa nacional. O avançar das investigações vai mostrar o que pode ter sido bom ou ruim para a cidade. Por enquanto, o destaque tem sido negativo.

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