* Márcio Alexandre

Daqui a pouco as seções estarão abertas. Os primeiros votos começarão a ser depositados. E, a partir daí, a expectativa fica a mil. Até 20h30, seguem a esperança e apostas. Quem serão os eleitos? Os mais votados? Os novatos? Os reeleitos? Quem surpreendeu? Quem decepcionou? São perguntas para as quais as respostas começam a ser dadas logo após o fim da votação, às 17h.

O clima, apesar da polarização que se vive, dos emnbates que se teve, das rusgas que se fizeram, é de festa.

A principal questão a ser colocada nesse molmento é: com qual motivação se está indo às urnas? Para que de fato, se quer quo candidato escolhido ganhe? Aliás, porque verdadeiramente se escolheu esse ou aquele candidato?

Num tempo marcado pela campanha digital, as redes sociais viraram picadeiro. Isso explica, em parte, que em Mossoró, porm exemplo, nada funcione e o prefeito seja favorito à reeleição.

Por aqui, a fila da saúde tem 34 mil atendimentos represados. Por aqui, o prefeito espezinha com os servidores e tenta humilhar professores. Por aqui, o influencer Allyson Bezerra brinca de ser prefeito e mente como um personagem da internet.

Por aqui, o prefeito fechou o teatro e o Nogueirão. Deixou os mossoroenses sem esporte e sem arte.

Por aqui, Allyson Bezerra se acha dono da cidade e não dá uma única explicação para os escândalos que pipocam todo dia: suspeita de superfaturamento, licitação fraudada, desvio de dinheiro (aditivo após obra terminada), para ficar em apenas três casos.

Preciso, então, repetir a pergunta: com qual a motivação o eleitor da cidade vai às ruas? Para que a cidade siga sendo administrada por alguém com responsabilidade ou por quem vive de dar pulinhos? Por quem deveria estar cuidando da cidade ou por quem só vive de redes sociais?

Por quem defende a democracia ou por quem fez de tudo para evitar ter adversários? Por quem respeita a lei ou por quem debocha da Justiça?

A política é um instrumento importante e necessário para a vida em sociedade. Iludir o eleitor com performances digitais deveria ser crime e não plataforma para a conquista de cargos eletivos.

* Professor e jornalista

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