O comerciante bolsonarista Alberan de Freitas Epifânio, acusado de amarrar e espancar o quilombola em situação de rua, Luciano Simplício, foi preso hoje na cidade de Portalegre, local em que ocorreu o episódio.

O mandado de prisão preventiva contra Alberan e André Diogo, amigo do comerciante que teria participado das agressões, foi expedido pela Comarca de Justiça de Portalegre. Os dois são acusados pelo crime de tortura, que é inafiançável. A pena prevista para esse tipo de crime é de 2 a 8 anos de reclusão.

Proprietário do Mercadinho Eduarda, na pequena cidade potiguara, Alberan protagonizou, no último dia 11, um vídeo bárbaro no qual aparece dando chutes nas costas de Luciano, que está com pés e mãos amarrados e chora com o rosto voltado para o chão.

É possível ouvir duas mulheres ao fundo conversando e uma delas diz “ele quer linchar”. Alberan, em seguida, desfere mais um chute nas costas do homem caído e uma outra mulher pede ” não mate, não”. O comerciante responde: “Mato, mato ele. O que é meu eu tenho o direito de defender.”

Tudo teve início quando Alberan teria espalhado pela cidade, na semana passada, que Luciano seria um bandido e que estava sempre drogado. O quilombola, por sua vez, teria reagido atirando pedras no comércio de Alberan e insultado o apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

Irritado, o comerciante teria, então, amarrado, espancado e arrastado Luciano na rua.

A cena chocante chegou até à governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT-RN) que se manifestou nas suas redes sociais afirmando que  o governo estadual não seria conivente e “não compactuará com manifestações eivadas de discriminação, intolerância, ódio e abusos de quaisquer naturezas”. (Congresso em Foco)

 

 

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