Comércio Exterior do RN movimenta US$ 53,1 milhões em agosto de 2025

por Ugmar Nogueira
A+A-
Reiniciar

O Rio Grande do Norte alcançou um desempenho relevante nas transações internacionais em agosto de 2025. Com a corrente de comércio exterior – resultado da soma das exportações com as importações – o estado registrou movimentação total de US$ 53,1 milhões, composta por US$ 23,3 milhões em exportações e US$ 29,8 milhões em importações.

No acumulado do ano até agosto, o Rio Grande do Norte manteve resultado positivo, com um superávit comercial de US$ 281,4 milhões. Esse desempenho foi alcançado a partir de uma corrente de comércio de US$ 873,0 milhões, formada por US$ 577,2 milhões em exportações e US$ 295,8 milhões em importações.

De acordo com o 11º Boletim da Balança Comercial do Estado, divulgado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC), o saldo negativo de US$ 6,5 milhões em agosto se explica pela ausência de exportações de óleo combustível, tradicionalmente o principal item da pauta exportadora potiguar. Sem essa participação, a fruticultura e os produtos minerais e pesqueiros foram os responsáveis por sustentar a performance exportadora no período.

Os principais destaques das exportações em agosto foram: melancias frescas (US$ 4,5 milhões), bulhão dourado (US$ 3,8 milhões), melões frescos (US$ 3,3 milhões), pedras preciosas, exceto diamantes (US$ 2 milhões) e mamões frescos (US$ 1,8 milhão). Juntos, esses produtos representaram 66% do total exportado. Os principais destinos foram Reino Unido (US$ 4,3 milhões), Canadá (US$ 4,1 milhões), Países Baixos (US$ 3,6 milhões), Tailândia (US$ 2,2 milhões) e Estados Unidos (US$ 1,6 milhão), que concentraram 67,8% das exportações do estado.

Nas importações, os produtos mais adquiridos foram insumos e equipamentos de relevância para a indústria e o abastecimento: outros trigos e misturas de trigo com centeio (US$ 7,3 milhões), máquinas e aparelhos para encher caixas ou sacos com pó ou grãos (US$ 3,2 milhões), coque de petróleo não calcinado (US$ 1,4 milhão), conversores elétricos estáticos (US$ 1,2 milhão) e redutores, multiplicadores e caixas de transmissão (US$ 1 milhão). Esses itens responderam por 47,3% do total importado. Os principais países fornecedores foram a Argentina (US$ 8,1 milhões), China (US$ 7,1 milhões), Alemanha (US$ 4,6 milhões), Estados Unidos (US$ 3,5 milhões) e Espanha (US$ 1,2 milhão), responsáveis por 82,2% das importações do RN.

Segundo a equipe técnica da SEDEC, os números de agosto reafirmam a relevância das cadeias produtivas ligadas à fruticultura, recursos minerais e pesca para a economia estadual, mas também revelam a dependência da exportação de óleo combustível para manutenção de saldos positivos: “A fruticultura e os produtos minerais e pesqueiros sustentaram as vendas externas do mês, mas a ausência do óleo combustível impactou diretamente o resultado final, reforçando o peso desse produto na pauta exportadora potiguar”, explicam os pesquisadores.

Ainda de acordo com os técnicos, a concentração geográfica das exportações e importações mostra a importância de parcerias consolidadas que garantem estabilidade às relações internacionais do RN. A predominância da via marítima, que respondeu por 61,8% das exportações e 87,9% das importações, confirma a relevância da infraestrutura portuária como eixo estratégico da inserção global da economia estadual.

Para acesso ao Boletim Nº 11/2025 e ao detalhamento completo sobre produtos, parceiros comerciais e modais de transporte utilizados, clique aqui.

Publicidade

Postagens relacionadas

Deixe um comentário

* Ao usar este formulário, você concorda com o armazenamento e o manuseio dos seus dados por este site.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais