Cordel: Amor de geração a geração

por Ugmar Nogueira
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Na Feira do Livro, a literatura potiguar está sendo muito valorizada e uma das literaturas originadas no Nordeste é o Cordel, que são textos compostos por rimas e uma linguagem informal, os poemas são impressos em folhetos ou livretos.

Um momento reservado para essa literatura aconteceu na tarde de terça-feira, 12/08, com mais de 10 apresentações, além de cantorias. Estavam presentes muitas crianças e alunos, prestigiando e também recitando poemas. Duas dessas crianças eram o Saulo Davi, de 7 anos e o Deivid Soares, de 10 anos, dois meninos já inseridos no mundo da arte e do cordel.

Nós conversamos com os dois sobre a visita deles a Feira do Livro 2025:
Saulo Miguel: “Faz muitos anos que eu venho na Feira do Livro, eu já tenho quatro cordéis, com esse, eu ganhei aqui, ele é de graça. Eu vim com minha bisavó, Gorete Arteira, ela faz teatro e também ela faz muitos origamis. Eu leio muito e já memorizei um cordel todinho José Augusto Araujo.”

Deivid Soares: “Eu venho várias vezes com minha bisa, Maria Gorete, ela é uma professora, ela faz origami e todos anos eu venho. Eu até recito cordel e eu trouxe o cordel do meu amigo, Marcos Vinicius, eu vou ler ele aqui, e aqui ele tem o circo da bicharada, eu fiz todos os bichos de origami, olha, a galinha, fiz tudo.”

Conversamos também com o idealizador e Coordenador Geral da Feira do Livro, Rilder Medeiros. Este ano a Feira completa 20 anos, e Rilder nos contou que a ideia da Feira sempre foi estimular a leitura, esse ano, estão com uma ação de entregar um cordel para todas as crianças que visitarem a Feira do Livro.

“Após um sentimento de frustração em edições anteriores, de vermos as crianças voltando pra casa sem levar nada em mãos, pois mesmo a Feira tendo livros de todos os valores, nem sempre a família tem o recurso para adquirir uma obra, então nós contratamos um poeta daqui de Mossoró, José de Rosa Maria, o Ribamar, ele produziu um cordel sobre os 20 anos da Feira, imprimimos milhares de cordéis, e a nossa ideia é sempre entregar a criança na hora que ela tá indo embora, pra que ela possa voltar pra casa não mais de mãos vazias, e levando pelo menos um livreto do Cordel da Feira do Livro.”

O cordel que Saulo Miguel contou que recebeu de graça na Feira do Livro, é justamente o cordel da ação realizada nessa edição, que Rilder contou para nossa reportagem, o cordel “Feira do Livro de Mossoró: 20 anos, de José de Rosa Maria.

Por: Lisa Gomes

Imagem: Pedrina Oliveira

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