O bloco das críticas ao Governo do Estado já está nas ruas de Mossoró e o prefeito Allyson Bezerra é o mestre desse samba de uma nota só. O gestor não está sozinho. Há um bloco formado por membros da casa legislativa que confundem apoio político com puxa-saquismo e engrossa o coro pedrolino.
Muita gente se pergunta o porquê de tantas críticas a uma gestão que foi aprovada nas ruas recentemente. A governadora Fátima Bezerra foi reeleita com mais de 60% dos votos do povo de Mossoró.
O que estaria acontecendo? Que motivações mobilizam o abre-alas dos oportunistas? Desespero? Preocupação? Aperreio?
Ao longo da trajetória política da governadora Fátima, Mossoró tem sido pra lá de especial em suas vitórias.
Fátima iniciou a sua vida pública em 1994, quando chegou à Assembleia Legislativa para o seu primeiro mandato de deputada estadual após ter tido uma participação destacada no Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) no movimento grevista que combatia a falta de compromissos do ex-governador Geraldo Melo (de saudosa memória).
Em Mossoró, a governadora cresceu seu capital eleitoral em todas as eleições que disputou, sempre tendo boas votações.
Esse crescimento, registrado desde seu primeiro triunfo eleitoral, manteve-se, culminando até a candidatura exitosa ao Governo do Estado.
Em 2014, Fátima foi candidata ao Senado e obteve 74% dos votos de Mossoró, elegendo-se à Alta Câmara. Com um detalhe: por aqui, as principais lideranças apoiaram a adversária dela naquela disputa.
Quatro anos depois, em 2018, a governadora encarou a disputa pelo Governo do Estado, tendo em Mossoró, como adversária, a prefeita da cidade, Rosalba Ciarlini, que tinha seu filho candidato a vice na outra chapa.
Mais uma vez a professora Fátima venceu em Mossoró, no primeiro e segundo turnos.
Mais recentemente, a governadora conseguiu outro grande feito: se reeleger no primeiro turno e ainda ter 69% dos votos validos dos mossoroenses. Na eleição do ano passado, o prefeito Allyson, que se gabava de ter 86% de aprovação popular, não conseguiu eleger seu estadual, seu federal e tampouco o seu candidato a governador, que ficou em terceiro lugar.
De posse desses números, o prefeito resolveu reagir e soltar o bloco do desgaste nas ruas. A pergunta que ecoa como grito em trio elétrico é: vai funcionar?
O que se sabe é que a Governadora anunciou, dias atrás, muitos investimentos para Mossoró tais como: início das obras da Escola Técnica, reformas em 18 escolas da rede estadual, Inauguração da segunda parte do Hospital da Mulher, construção de delegacias, construção de um novo batalhão de Polícia Militar, recuperação de estradas, além de ter mandado para Assembleia o plano de carreira dos servidores docentes da maior universidade do interior do Estado, a UERN . Ainda esse ano, em Mossoró, vai ser construída mais uma grande fábrica de cimento, com a participação decisiva do Gverno do Estado.
O ano de 2024 já bate à porta de muita gente. Será ano de eleição e o prefeito sabe que a participação da governadora em um palanque adversário pode lhe dar dores de cabeça.
As derrotas para a Fátima trazem preocupação e dor de cabeça ao prefeito. Personalista e sem uma grande obra pra mostrar de uma gestão que já no terceiro ano, restou ao prefeito partir para o confronto.
Por enquanto, ele está no ringue sozinho. O prefeito subiu o tom, está exagerando nas críticas e tem colhido de Fátima o silêncio de quem está fazendo a coisa certa.

 

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