Dono de instituto de pesquisa que “turbina” aprovações de Allyson será auxiliar do prefeito

por Ugmar Nogueira
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Um dos indicativos de que alguma coisa errada não está certa numa gestão pública se percebe quando o gestor faz tudo e acha que ninguém estranha nada. De pequenas coisas a grandes absurdos, há sempre o que se observar no comportamento dos agentes públicos detentores de cargos políticos eletivos.

É o que acontece, por exemplo, com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade). O gestor “prepara terrenos” sempre que quer “aprontar”. Foi assim, por exemplo, quando começou a pavimentar chão para deixar a Câmara Municipal sem saída e aprovar um empréstimo de quase meio bilhão de reais.

O prefeito mandou produzir um panfleto eleitoreiro com supostas ações que irá realizar nas escolas públicas. Enquanto todo mundo achava que se tratava apenas de mais uma promessa politiqueira – e era – havia mais um ingrediente: o prefeito queria fazer crer que sem o empréstimo a educação de Mossoró perderia muito. Que a saúde claudicaria.

Allyson, no entanto, segue aprontando das suas, embora ache que ninguém perceba que tem angu com muito caroço.

O prefeito nomeou mais dois novos assessores especiais para o seu gabinete. Lembremos que o gabinete de Allyson já tinha pelo menos 6 desses assessores. Agora, ele nomeou mais três e exonerou um. Interessante é que ele exonerou Alex José Velasco Nunes do citado cargo e o renomeou para a mesma vaga. Vá entender.

Mas há um fato pitoresco, interessante, misterioso e que requer algumas reflexões. De acordo com o jornalista Saulo Vale, o assistente social Erisson Natécio vai assumir a Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania da gestão Allyson Bezerra.

Erisson, atualmente pró-reitor de Assuntos Estudantis da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) é nada mais nada menos que o dono do TS2, instituto de pesquisas.

Esse mesmo TS2, em seu mais recente levantamento, colocou a gestão Allyson com 86% de aprovação popular. Os dados foram divulgados dia 15 de dezembro, seis dias antes de a Câmara votar o pedido de Allyson para endividar ainda mais a prefeitura de Mossoró. Claro: tudo coincidência.

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1 comentário

Sueleide Alves 29/12/2022 - 12:07

Com o dinheiro público e benefícios à correligionários, compra- se o imaginável. Gestão pífia, isso sim.

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