Não foi intencional, com arrogância ou petulância. Não foi para conquistar curtidas, likes ou para lacrar nas redes sociais. Foi, necessariamente, para respeitar os fatos, mostrar a realidade, enfrentar os problemas e, sobretudo, propor soluções.
Foi assim, com as melhores intenções, que o secretário estadual de Saúde, médico Alexandre Motta, deu uma verdadeira aula sobre saúde pública, competências e responsabilidade dos entes públicos e, acima de tudo, como estes podem – e devem – agir coletivamente, compartilhando estratégias, estruturas e procedimentos.
Alexandre Motta postou um vídeo após a Prefeitura Municipal de Mossoró divulgar uma nota tentando responsabilizar o Governo do Estado pela superlotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) da terra de Santa Luzia. Fato esse que ocorre, entre outros aspectos, pelo caos que vive a rede municipal de saúde local.
O secretário estadual de Saúde poderia ter agido da mesma forma e, irresponsavelmente, revidar ou apontar razões para a superlotação. Preferiu tratar a questão de forma séria, ética e honesta. Aproveitou para reforçar a necessidade de parceria e, sem ataques, apresentou os grandes feitos da gestão Fátima Bezerra na área da Saúde, como o aumento no número de leitos.
Em Mossoró, o secretário de Saúde é um engenheiro, ainda com pouca ou nenhuma habilidade para tratar sobre o tema (isso talvez explique a desastrosa e desrespeitosa nota). Alexandre Motta, do alto de sua inteligência, experiência e responsabilidade com a coisa pública, ensinou não só como se deve atuar mas, e principalmente, a como se comportar em tempos de crise. Tentar transferir responsabilidade parece ser sempre a pior alternativa.
Veja o vídeo