A II Unidade Regional de Saúde Pública (II URSAP), por meio do Programa de Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/Aids e Hepatites Virais em parceria com o Centro Educacional Dom Bosco de Mossoró realizou nesta quinta-feira (29/2) uma palestra sobre Prevenção da Gravidez na Adolescência e ISTs para estudantes da unidade escolar.
Foram palestrantes a referência do Programa de Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/Aids e Hepatites Virais da II Ursap, assistente social, Fabrícia Ariadina Medeiros de Oliveira e a professora do Centro Educacional Dom Bosco, Marlene Sena.
A gravidez na adolescência é um grande desafio para a saúde pública no Brasil.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta fase é uma condição que eleva a prevalência de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além da possibilidade de agravamento de problemas socioeconômicos já existentes. Para a adolescente gestante, por exemplo, existe maior risco de mortalidade materna. Já para o recém-nascido, o risco aumenta para anomalias graves, problemas congênitos ou traumatismos durante o parto (asfixia, paralisia cerebral, entre outros).
No Brasil, a taxa é de 62 adolescentes grávidas para cada grupo de mil jovens do sexo feminino na faixa etária entre 15 e 19 anos. O índice é maior que a taxa mundial, que corresponde a 44 adolescentes grávidas para cada grupo de mil.
No Brasil, 26% das mulheres entre 10 e 24 anos se casaram ou
passaram a viver com seus parceiros antes da maioridade. Esta realidade tem
maior probabilidade de ocorrer em áreas rurais, em famílias pobres e com
menos acesso à educação, reforçando um ciclo vicioso de pobreza e exclusão. A
maioria das mulheres que se casaram durante a infância também teve filhos
antes dos 18 anos.
Em números absolutos, o Brasil ocupa o quarto lugar no
mundo em casamentos infantis, segundo pesquisa do Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef).
“Um dos mais importantes fatores de prevenção é a educação. Um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), publicado em 2018, aponta que a gravidez na adolescência ocorre com maior frequência entre as meninas com menor escolaridade e menor renda, menor acesso a serviços públicos, e em situação de maior vulnerabilidade social”, ressalta a assistente social Fabrícia Ariadina Medeiros de Oliveira.

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