* Márcio Alexandre
As Forças Armadas brasileiras, constituídas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, tem um papel decisivo para o país. Por previsão constitucional, cabem a elas defender a pátria, garantir os poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, garantir a lei e a ordem. Nos países em que se colocam com a seriedade que devem ter, essas instituições são celebradas com grande força. Colocadas em panteões. Ovacionadas com fervor.
No Brasil de Bolsonaro, as Forças Armadas viraram chacota nacional, expressão de decadência. Muitos dos seus membros, com raras exceções, são os que desrespeitam a lei. Falar em ordem dentro dessas instituições é questão de desacato.
Erram muito e tripudiam sobre seus próprios erros. E por ter seus erros expostos, expõem até fragilidades pessoais de muitos dos seus expoentes. A ideia de virilidade, tão cara aos militares, tem caído vertiginosamente. Com perdão do trocadilho.
Que alguns dos militares da Marinha, Exército ou Aeronáutica tenham suas disfunções eréteis, não se vê pecado nem crime. Imperdoável é o desvio de suas finalidades. Que alguns deles precisem de próteses penianas, não se discute, mas que elas sejam colocadas com seus próprios recursos e não adquiridas com dinheiro do povo. Que precisem de estímulo artificial para suas libidinagens, mas que a devassidão seja bancada com suas próprias forças. Financeiras, bem entendido.
Não queremos saber sequer como, quem e porque se está usando lubrificante íntimo nos quartéis. Isso é questão de foro íntimo. Coisa privada. Não se pode é comprá-lo com dinheiro público.
Lamentável que alguns militares venham transformando a caserna em bordel. Criminoso é que essa farra seja bancada com nosso dinheiro. Os homens sérios das Forças Armadas devem estar corados. Vergonha exposta aos olhos do mundo. Vexame inconteste. Lascívia incontida.
* Professor e jornalista
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