Ugmar Nogueira
O Palácio do Planalto faz as contas. Allyson faz as piruetas. No final: o desejo de que o candidato com o qual o prefeito pretende polarizar no primeiro turno das eleições de 2026 e com o qual pretende ir ao segundo turno. Duas questões fundamentais tem sido analisadas pelo prefeito e sua equipe a esse respeito.
A primeira delas é que Allyson quer evitar debates diretos com Cadu Xavier, candidato do governismo. E a razão é simples: o prefeito de Mossoró tem demonstrado total despreparo para debater com o atual secretário estadual de Tributação. Até entre os mais próximos a Allyson reina a certeza de que o prerfeito se sai muito bem nas redes sociais quando não tem enfrentamentos. Com carisma e incrível capacidade para mentir sem parecer que está mentindo, Allyson domina na Internet.
Para muitos dos auxiliares, o entendimento é que no debate, o prefeito é sofrível. No último embate com Cadu, o prefeito de Mossoró tomou uma invertida tão homérica que o deixou atônito. Sequer respondeu ao secretário, num comportamento esperado. Nesses casos, quando confrontado com a verdade, Allyson prefere calar de forma acovardada e tramar uma vingança nos bastidores. Geralmente com mentiras ou distorções. Essa tática é quase impossível de ser executada em debates ao vivo, por exemplo. Daí que Allyson pretende polarizar com Rogério Marinho.
O prefeito também prefere o senador do PL para uma hipotética disputa do segundo turno. A razão para isso é simples. Com Zenaide Maia (ainda vice-líder do governo Lula no Senado), em seu palanque, Allyson espera herdar os votos da esquerda caso vá ao segundo turno. Nesse caso, isso somente seria possível se Cadu não for o segundo colocado no primeiro turno.
Allyson também não conseguirá herdar votos de eleitores de centro e da esquerda quando o eleitor souber que o prefeito de Mossoró é bolsonarista, anti-lulista e antipetista.
