Os 100 primeiros dias de Rogério Marinho no Senado: visita na Papuda e derrota em eleição

por Ugmar Nogueira
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Relator da Reforma Trabalhista, proposta que acabou com a proteção social ao trabalhador, precarizou as relações de trabalho e fez aumentar o desemprego, Rogério Marinho pagou um alto preço por sua atuação nessa reforma: acabou não se reelegendo para a Câmara Federal.
Em 2020, foi recompensado, ao ser nomeado secretário especial da Previdência e, mais tarde, minostro do Desenvolvimento Regional, onde pavimentou o caminho para chegar ao Senado da República.
Com uma vitória dada pelo povo potiguar, Rogério Marinho chegou a Brasília com a faca nos dentes para ser a figura número 1 da oposição ao governo Lula. E não demorou para que Marinho desse as cartas.
Em janeiro, ele formou um grupo intitulado “Vanguarda” e que reuniu senadores do PL, PP e Podemos. Com essa articulação, almejava chegar à Presidência do Senado.
Ainda em janeiro, o senador potiguar visitou os terroristas presos nos ataques do dia 8 de janeiro em Brasília. Ele coordenou um grupo que esteve na Papuda prestando apoio aos que foram presos pelos atos golpistas e terroristas de 8 de janeiro. Essa, no entanto, não foi a única intervenção de Rogério Marinho a favor dos criminosos. Ele liderou o grupo “vanguarda em visita ao ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a soltura dos terroristas.
Rogério Marinho parece ter feito escolha por não construir uma agenda positiva enquanto parlamentar. Ele esteve ausente em todas as visitas que a governadora Fátima Bezerra (PT) fez a Brasília em busca de ações, projetos e recursos para o Estado. Rogério não quis participar nenhuma vez das agendas da governadora na capital federal.
No início de fevereiro, o senador foi alçado pelo Bolsonarismo como candidato a presidente do Senado, mas não conseguiu êxito, sendo derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD).
O fator positivo pró-Rogerio aconteceu após a sua derrota para Presidência da Alta Câmara, quando foi escolhido líder da oposição. Apesar de ser uma posição de destaque, Rogério não consegue ter visibilidade maior do que o ex-ministro e agora senador Sérgio Moro (Podemos).
Ainda sobre atuação de Rogério pode-se afirmar que o senador não fez parte da reunião que toda bancada potiguar realizou junto com a governadora Fátima sobre segurança do Rio Grande do Norte no período dos ataques.
No momento em que o RN estava sendo bombardeado pelo crime, Rogério apareceu apenas para criticar o Governo do Estado sem apresentar uma solução plausível. O senador potiguar tem sido motivo de chacota de parte da grande imprensa por ter como proposta, até agora, somente o discurso do quanto pior melhor.

 

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