Pesquisa revela o que leva alunos a deixarem a escola. O levantamento foi realizado pelo Sesi e Senai e aponta que apenas 15% dos brasileiros com mais de 16 anos estudam atualmente em alguma instituição de ensino. Foram ouvidas 2 mil pessoas em todo o país.   

Entre os que não estudam, apenas 38% alcançaram a escolaridade que desejavam; e 57% não tiveram condições de continuar os estudos por diferentes motivos, sendo o principal deles, 47%, a necessidade de trabalhar e manter a família.

Os números apontam ainda que a razão para 18% dos jovens, de 16 a 24 anos, deixarem de estudar foi gravidez ou nascimento de filhos. A evasão escolar é maior entre mulheres, com 13%; moradores do Nordeste, 14%; e das capitais, 14%. O dobro da média nacional, que é de 7%.

Geralda Rodrigues dos Carmo cresceu em Itaporanga, no interior da Paraíba. Veio para o Distrito Federal na adolescência. Ao longo desse tempo, trabalhou como empregada doméstica e auxiliar de serviços gerais. Aos 43 anos, mãe de três filhos, Geralda conta que nunca frequentou a escola e fala da falta que o estudo faz na sua vida.

O diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi, explica que a pesquisa mostra que é preciso melhorar a educação no país.

Os entrevistados pelo Sesi e Senai apontam que a alfabetização deve ser prioridade para o governo, com 23%; seguida pelas creches, com 16%; e ensino médio, 15%.

Além disso, a alfabetização teve a pior avaliação de qualidade; e o ensino técnico foi o mais bem avaliado. Já a educação pública é vista como boa ou ótima por 30% da população, índice que sobe para 50%, na educação privada.

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