De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata, que representa 29% dos diagnósticos de neoplasias, é o segundo mais comum no País, entre os homens, atrás somente do câncer de pele. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos, em comparação aos em desenvolvimento. Apesar dos números elevados, o exame do toque retal, mais conhecido como exame do “toque”, e responsável pela detecção precoce da doença, ainda é considerado tabu entre a população masculina.

Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) ao Instituto Datafolha aponta que apenas 32% dos homens já fizeram o exame do toque. O número é inferior comparado à porcentagem de quem já fez o exame do PSA (Antígeno Prostático Específico), que corresponde a 47%. Ambos os exames são fundamentais no diagnóstico precoce do câncer de próstata, mas o exame do toque continua sendo o mais preciso na detecção da doença, pois somente o médico especialista consegue identificar alguma anomalia, aumento ou endurecimento na região da próstata. O PSA não tem esta função, ele apenas consegue medir qualquer alteração nas substâncias produzidas pela próstata e assim, complementar o diagnóstico, principalmente na fase inicial.

O psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa, explica que esse preconceito é um empecilho na melhora da qualidade de vida do homem. “Não há como negar a presença de uma cultura totalmente retrógrada, de que o exame do toque pode ferir, afetar ou colocar em dúvida a masculinidade do homem. É claro que isso é um grande mito. Ao se prevenir, o homem estará mostrando um cuidado com sua saúde, uma valorização do seu bem estar. E não apenas o seu, por uma questão de saúde, mas de todos ao seu redor”.

 

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