Ugmar Nogueira
Em mais um embate com os servidores públicos municipais de Mossoró, o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) amargou uma derrota que poderá lhe trazer fortes dores de cabeça mais adiante.
Municiados pelo Palácio da Resistências, vereadores governistas convocaram uma sessão extraordinária para esta sexta-feira, 9/6, após o feriado de ontem e o ponto facultativo em diversas intuições públicas do Estado e município.
O poder de fogo dos vereadores governistas não durou muito tempo. Os argumentos e a falta de justificativa foram engolidos pela forte presença de servidores no plenário da Câmara Municipal, hoje.
No geral, o grande vitorioso foi o servidor público de Mossoró. Já no jogo político, o grande derrotado foi o prefeito de Allyson Bezerra, que vê uma crise de relação política com os servidores de Mossoró a cada dia crescendo mais.
Mais do que ver seu projeto ser retirado de pauta de votação na Câmara, Allyson, com o episódio, perde grande parte de seu discurso a favor da proposta. É que nem mesmo vereadores governistas souberam justificar a proposta.
Ficou claro, no embate desta sexta-feira, que realmente o PL 17 traz prejuízos aos servidores. E mais que isso: muita gente ficou sabendo disso hoje. A ocupação da Câmara pelos servidores fez grande parte da população lançar os olhos para o projeto e perceber que muita coisa estava sendo escondida pela gestão.
O prefeito também viu o presidente Lawrence Amorim (Solidariedade) agir com independência e firmeza ao retirar o PL 17 da pauta sem ter que pedir as “bênçãos” ao governismo.
Ainda na política, o prefeito viu no retrovisor uma imagem de quem se comportou com firmeza na defesa do servidor. Ele viu que os vereadores Marleide Cunha (PT) e Tony Fernandes (Solidariedade) ficaram bem na fotografia.
Allyson está sentindo na pele o que é tentar mexer com conquistas dos servidores. Não conseguiu que a proposta avançasse e ainda viu dois grandes oponentes saíram gigantes do episódio. Resta saber se vai digerir essa derrota com reflexão ou se vai contra-atacar com o fígado.
2 comentários
Vai ter que engolir e amargar com o próprio fel. A bandeira da perseguição não conseguirá se firmar.
Os servidores municipais tem que se manterem firmes e unidos em defesa de seus direitos. Não podemos vacilar!