Os professores da rede estadual de ensino rejeitaram há pouco, em assembleia, a proposta de pagamento do reajuste do piso docente apresentada pela governadora Fátima Bezerra (PT).
Com a decisão, a greve da categoria continua. A assembleia foi realizada em Natal.
Amanhã, professores das escolas da base regional do SINTE/RN em Mossoró se reúnem para avaliar a proposta. A previsão é que sigam os colegas da capital.
A proposta rejeitada:
Nova proposta do governo do RN:
. 7% em maio;
. 3.55% em novembro;
. 3.55% em dezembro;
. Retroativo de 2023, a partir de maio de 2024 em 8 parcelas.
1 comentário
Se a foto corresponde à dita assembleia, mostra que a deliberação foi tranquila: quase por unanimidade.
Contudo, qual argumento do governo foi rebatido nesta assembleia? Como?
Ou seja: com qual argumento o governo apresentou essa proposta recusada pela categoria?
Como tal argumento foi rebatido pelas lideranças e seus pares?
Em suma: com qual argumento o governo recusou a proposta inicial da categoria?
E qual o argumento da categoria para recusar a proposta do governo?
Quiçá, por que a categoria não apresenta uma nova contraproposta, para ganhar tempo e mostrar que está reconhecendo as dificuldades do governo e tentando negociar uma solução digna para ambas as partes?
Sem mais informações, parece-me razoável pensar que a governadora e a Secretária de Educação, como oriundas desse sindicato, devem saber que este governo é a chance que a categoria sempre esperou para conquistar melhoria salarial e valorização da educação.
Se não for agora, já no segundo mandato da professora, quando se terá outra oportunidade que não demande maiores prejuízos ao público servido por esta categoria?
Daí, sem debater argumentos, é compreensível que a categoria se apegue a essa oportunidade frente ao governo que ela ajudou a eleger, o qual só tem a perder se não satisfizer os anseios desta categoria.
Até porque, sabe-se que mesmo dentro da categoria de educadores há adversários ao PT e lideranças mais à esquerda que adorariam capitalizar votos contra o Governo Fátima, no mínimo para galgarem na política cargos como ela conquistou, sem atentarem para as consequências de que o enfraquecimento do governo e da categoria pode resultar no retorno das oligarquias ao poder no RN, quando, então, a esperança se esvanecerá.
Por isso, tenho dito: o esquecimento é próprio dos ingratos. E ingratidão é um ato de injustiça. Sem justiça não há paz. Faça-se justiça e a esperança se renovará!