Ugmar Nogueira
O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) usou o calendário eleitoral como muleta e apresentou uma péssima proposta de reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério aos professores de Mossoró. Além de parcelar o índice, de 33,67%, grande parte do percentual somente será pago em 2022.
Apesar de ter anunciado “o maior reajuste da história”, Allyson não informou nas suas postagens nas redes sociais que armou uma enganação para os docentes. Pela proposta, 10% serão pagos a partir da folha de abril; 5% na folha de julho e outros 5% na folha de novembro. O restante, somente a partir de 2023. Será, sim, o parcelamento mais longo da história. A valorização, no modo Allyson de governar, é a conta-gotas.
A proposta é ruim pelo parcelamento longo, por deixar 13,67% para serem pagos parcelados apenas a partir do próximo ano e por não contemplar o pagamento do retroativo. O novo índice já está em todo o país vigor desde 1º de janeiro, mas o prefeito de Mossoró vinha enrolando para ganhar tempo e fazer o que fez.
Como a lei para que o piso seja pago a partir de abril tem que ser aprovada na Câmara Municipal até 31 de março, o prefeito encurralou os docentes. A possível greve duraria menos de um mês porque a partir daí seria considerada ilegal pela Justiça já que a prefeitura estaria impedida pela legislação eleitoral de conceder o benefício.
Bem ao seu estilo, Allyson Bezerra propagou que estava fazendo um bem, mas não disse que seria de acordo com suas condições, que nunca são boas para os trabalhadores. Na prática, o maior reajuste é, de fato, a maior enganação da história de Mossoró.
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