A reitoria da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) confirmou, por meio da assessoria de comunicação da instituição, a interpretação dúbia sobre a votação feita pelo Conselho Universitário (Consuni) a respeito da consulta popular para composição da lista tríplice.

Para a reitoria, a chapa Rodrigo de Codes/Nildo Dias teve 22 votos dos conselheiros; mesmo número obtido por Ludmilla Oliveira/Monique Lessa. Dos 23 membros do colegiado, um esteve ausente na reunião, ocorrida em 19 de abril. Fazer valer essa interpretação é uma maneira que Ludmilla teria encontrado para tentar permanecer em primeiro na lista tríplice.

Numa das atas a que o Boca da Noite, o Consuni se manifestou da seguinte forma: 22 dos conselheiros ratificaram a conquista de Codes/Nildo, colocando-os como primeiros na lista tríplice enviada ao Ministério da Educação (MEC).

Na interpretação da reitoria, Codes e Ludmilla se equivaleriam na disputa uma vez que para a atual gestão da Ufersa, ambos teriam tido 22 votos. Ocorre que para que cada um deles tenha essa quantidade de votos o Consuni teria que ser composto por 44 membros, o que não é.

Ao considerar que tanto Codes quanto Ludmilla tiveram 22 votos no Consuni, a intenção da reitora, além de querer anular a vontade da maioria, que deu a Codes a vitória, é de tumultuar o processo, de forma a que o MEC não nomeie Codes em tempo hábil, o que beneficiaria Ludmilla, que fivaria como reitora pro tempore.

Além disso, no desejo de Ludmilla, a contagem nesses moldes faz com que configure-se hipotético empate entre a atual reitoria e o professor Codes. Dessa forma, a manobra seria enviar ao MEC a lista tríplice com Ludmilla no primeiro lugar, sob alegativa de que ambos teriam empatado e que Ludmilla é mais antiga na instituição.

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