A política de João Dias vive, atualmente, um dos momentos mais tensos de sua existência. A morte do prefeito da cidade, Marcelo Oliveira, e de seu pai, Sandi Alves, na última terça-feira, é mais um capítulo na violenta, enigmática e imprevisível história política local. São muitos os fatos que chamam a atenção e seguem, ainda, sem explicações.
Os fatos mais intrigantes tiveram início em julho de 2021, quando o prefeito Marcelo renuncia ao cargo alegando questões de saúde. O caso, porém tem reviravolta, quando em 2022, o prefeito vem à tona dizer que sofreu uma ameaça da então vice-prefeita, Damária Jácome, e da família dela. Segundo Marcelo, ele e sua família foram ameaçados de morte pela família de Damária.
Em dezembro de 2022, foi decretada a prisão da vice prefeita Damária Jácome de Oliveira e de seu pai, Laete Jácome de Oliveira, presidente da Câmara. Eles foram acusados pelos crimes de integrar milícia privada, e de receptação e posse ilegal de arma de fogo. Pai e filha fugiram e se foram declarados foragidos pela Justiça. O MPRN, chegou a divulgar números do GAECO para denúncias.
Damária voltou à cena política este ano, sendo a principal adversária de Marcelo nas atuais eleições municipais.
Após a morte do prefeito e do pai dele, Damária divulgou comunicado informando que vai deixar a cidade. Alega insegurança.
Até agora, 13 pessoas já foram presas durante as operações que investigam o duplo assassinato. Entre eles, um irmão do prefeito que, segundo a polícia, tentava vingar as mortes e andava pela cidade com um rifle.
A Justiça Eleitoral garante que a votação para escolha do futuro(a) prefeito(a) de João Dias vai acontecer dia 6 de outubro, como também ocorrerá em todo o país. O que vai acontecer no município até, no entanto, é uma grande incógnita.