O caso envolvendo a morte do bacharel em Direito Eliel Ferreira, 25 anos, fato ocorrido no último dia 9/4, no bairro Boa Vista, teve novos desdobramentos nesta quarta-feira, 13/4. O crime ocorreu enquanto Eliel (foto acima), que era homossexual, conversava com seu companheiro, na rua Francisco Bernardo, naquele bairro.

A versão inicialmente apurada pela polícia de que a vítima havia sido morta por ter sido confundida com um assaltante está sendo refutada pela família, que vem apresentando novos fatos e elementos para derrubar essa tese. O principal suspeito do homicídio é Ialamy Gonzaga, homem de 38 anos, conhecido como Júnior Preto. Ele está foragido.

Familiares de Eliel Ferreira, que foi atingido por pelo menos 7 tiros, contrataram uma banca de advogados que vai atuar como assistente de acusação. Os indícios e novos depoimentos levantados apontam para um crime de homofobia, segundo o advogado Francisco Edson de Sousa.

Ele concedeu entrevista coletiva à imprensa hoje para falar sobre o caso e afirmou que há 4 pessoas envolvidas na morte. “Além dos dois homens que inicialmente abordaram Eliel e seu companheiro, há outros envolvidos, como o autor dos disparos, conhecido como Júnior Preto, e o homem que imobilizou Eliel com uma gravata”, informou Francisco Edson.

O advogado destacou que a versão de que Eliel teria sido confundido com um assaltante não se sustenta pelo fato de que o responsável pelos disparos que tiraram a vida do bacharel conhecia tanto a vítima quanto o companheiro dela, já que este último residia num imóvel localizado próximo da casa do suspeito.

“O crime foi motivado por homofobia e a intenção do acusado era matar também o companheiro do Eliel”, aponta Francisco Edson, acrescentando que os envolvidos devem responder por homicídio duplamente qualificado e ainda por tentativa de homicídio. “O companheiro de Eliel só não morreu porque correu em direção diferente. Se os dois tivessem corrido para o mesmo lado, ambos teriam sido mortos”, avalia.

Para a família, é possível que o crime tenha sido premeditado, uma vez que logo que Eliel e seu companheiro chegaram à rua Francisco Bernardo foram abordados por dois dos envolvidos no crime. Além disso, um quarto homem logo teria surgido na cena do crime para agarrar Eliel e imobilizá-lo, facilitando que Júnior Preto o matasse.

Júnior Preto: principal suspeito do crime

 

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