O banco Bradesco, mais uma vez, avança na sua sanha de desarticular sua rede atual de agências no Brasil e, especialmente, no estado do Rio Grande do Norte. O banco utiliza de expedientes como fechar ou transformar as agências em simples postos de atendimento ou, ainda, convertê-las em unidades de negócios.

Desta feita, a localidade escolhida para o desmonte foi a cidade de Apodi, localizada na Região Oeste e que congrega vários municípios e comunidades em seu entorno que dependem dos serviços bancários daquela agência.

O Sindicato dos Bancários de Mossoró e Região, em conjunto com o Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes, não satisfeito com a situação, realizou na terça-feira, dia 2/7, uma manifestação contra o encerramento das atividades do banco na cidade.

Na ocasião, os diretores liberados permaneceram defronte à agência com cartazes, distribuindo panfletos de esclarecimento aos clientes, conscientizando a população através de falas retransmitidas em carro de som e retardando a abertura da unidade em 2 horas.

O coordenador geral, Assis Neto, em sua fala no local, foi enfático ao defender a permanência da agência na cidade, posto que o fechamento provocará desemprego – inclusive o próprio gerente da agência foi demitido na semana passada – de funcionários, vigilantes, prestadores de serviços, além do transtorno que causará à população que não disporá de serviços essenciais do banco na cidade.

Os coordenador Sidney Viana e Anchieta Medeiros, este último funcionário do Bradesco, também alertaram à população que a agência não gera prejuízo financeiro ao banco e que o fechamento é um equívoco, pois o banco perderá capilaridade e clientes para outras instituições da cidade.

A agência do Bradesco em Apodi emprega entre 5 e 6 funcionários, além de mais 4 gerentes de postos de atendimento ligados á unidade. Fora isso, possui vigilantes e prestadores que prestam serviços diariamente no local.

O representante do Sindicatos dos Vigilantes, Amadeus Oliveira, ressaltou que o banco lucrou R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 46,3% na comparação com trimestre anterior e, mesmo assim, insiste em fechar agências Brasil afora. Só no Rio Grande do Norte, esta será a sétima a ser fechada nos últimos 12 meses.

O Sindicato levou o caso à Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte para que a entidade cobre um posicionamento do banco e que este pelo menos dê uma garantia de não haver mais demissões em consequência desta decisão atabalhoada e sem sentido de fechamento de unidade.

 

 
 
 

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