Ugmar Nogueira
Os professores de Mossoró correm o risco de ficar mais uma vez sem o reajuste do piso docente. Embora com lei garantindo o direito e com portaria interministerial definindo o percentual, o prefeito Allyson Bezerra (UB), que flerta com a ilegalidade na maioria dos seus atos, se recusa a cumprir a legislação em 2025, a exemplo do que fez em 2023.
Ocorre que a negativa do reajuste tem reflexos não só no presente, mas e principalmente, no futuro.
Professora da rede municipal de ensino, vereadora e integrante da diretoria do Sindicato dos Seridores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum), Marleide Cunha faz importante alerta aos colegas docentes. Veja abaixo:
“Para ficar com minha consciência tranquila de que transmiti o conhecimento pra que os professores estejam conscientes pra tomarem suas decisões, faço o alerta: a base de cálculo do reajuste da nossa carreira está atrelado a carreira com classe única de nível médio, por lei. E Essa carreira está em EXTINÇÃO! Devem restar uns 10 professores apenas. Depois de extinta, não teremos um percentual inicial da carreira de nível superior. Significa que um baixo salário do graduado vai gerar efeito dominó com salário baixo para especialistas, mestres e doutores. *É a precarização da carreira docente toda!
Perder mais um reajuste é acelerar a efetivação da base de um salário miserável como era antigamente
Daqui há 4 anos eu poderei me aposentar e terminar minha carreira docente. E você, professor(a), terá quantos anos pela frente com um salário imoral? Sua consciência estará tranquila de ter lutado pra evitar isso?
A minha está e estará sempre porque até o último dia lutarei pela valorização da profissão docente. É um dever irrecusável!
Ninguém poderá dizer que não sabia”.
Marleide Cunha
